quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

ATANÁSIO DE ALEXANDRIA - CONHEÇA ESTE GRANDE PERSONAGEM


De uma aula sobre - Personagens Cristãos Notáveis - 2015
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 ATANÁSIO (SANTO ATANÁSIO (297 -373)
Um dos mais notáveis e importantes personagens da história da igreja. Decisivo na formação e consolidação da ortodoxia cristã. É chamado de "campeão da ortodoxia". Um verdadeiro herói do cristianismo apostólico. Poucos pais da igreja tiveram mais importância e relevância do que Atanásio. Natural de Alexandria, no Egito, foi um bispo de notável erudição, espiritualidade e coragem.
Nasceu e cresceu num tempo de terrível perseguição à igreja, no Egito e em outros lugares. Tendo recebido sua educação formal numa escola dirigidas por bispos em Alexandria, sua capacidade e devoção cristã chamaram a atenção do bispo maior da cidade, de nome Alexandre.  Atanásio, ainda como diácono ( na época um oficial da igreja, somente abaixo do bispo), acompanhou Alexandre ao famoso e decisivo Concílio de  Nicéia. Como seu bispo ficou doente, Atanásio ocupou seu lugar no Concílio e desempenhou um papel decisivo e histórico, sendo chamado “o campeão de Niceia” onde venceu o maioria dos bispos adeptos do Arianismo que negavam entre outras doutrinas, a da divindade de Jesus.
Com a morte de Alexandre, Atanásio foi nomeado bispo. Nesse oficio, serviu por quarenta e seis anos, sendo 17 deles em cinco exílios.
Foi um bispo muito amado por seu povo, um verdadeiro pastor no cuidado com as pessoas. Por outro lado, muito odiado e perseguido pelos adeptos do arianismo. Seus escritos revelam amplitude de caráter e rica vida devocional. 
 Seus escritos mostram sua principal defesa teológica pelo verbo que se fez carne, inflexível e bem argumentada postura contra os arianos.
Sua rica obra pastoral e sua grande preocupação com a vida espiritual da igreja é vista em suas Cartas festivas anuais. Tinha também profundo interesse elo monasticismo, evidente em sua obra Vida de Santo Antão, publicada e lida até os dias de hoje.
Para a fé e a teologia de Atanásio, o principal era a encarnação do verbo de Deus, culminando com sua morte e ressurreição.
Foi um dos defensores e idealizadores final da Cristologia que o cristianismo ensina até hoje. Considerava a encarnação de Cristo e a expiação inseparáveis. Defendeu e ensinou com todas as forças a doutrina das “Duas Naturezas de Cristo” contestada por outros grupos da época como o Donatistas, Ebionitas, Nestorianos, Docetistas, Modalistas e Arianos. A  sua doutrina da salvação (soteriologia) impregnava todo seu pensamento, juntamente com uma adoração viva e o reconhecimento do Deus Triuno. Sua soteriologia é a necessidade da encarnação do verbo de Deus por causa da salvação do ser humano e reforçada é a inseparabilidade da encarnação e da expiação. A reconciliação ocorre, primeiramente, na intimidade com o próprio Cristo, entre Deus e o homem, constituindo a base para a salvação do homem, seu conhecimento e recebimento do espirito, para que o homem seja incorporado em Cristo.
   
Sua defesa pela doutrina da Trindade foi uma das marcas de sua pregação e ensino, o que construiu as bases do Concílio de Niceia.
 Sua obra "A Encarnação do Verbo", datada de 318, antes, portanto do Concílio (322)  é um clássico do cristianismo apostólico. Atanásio esboça ali a doutrina da criação e do lugar do homem nela.
Assumindo posição inflexível contra o arianismo, Atanásio reconhecia que o núcleo da fé cristã deveria estar sujeito a rigoroso questionamento.
 Sua teologia era defensora do que foi chamado de “Cristianismo apostólico” como ensinado hoje pela maioria dos cristãos em oposição aos outros grupos já citados. Desenvolveu, portanto, uma verdadeira teologia, centrada em Deus, dirigida e relacionada a tudo o que ele tenha feito em criação, redenção e revelação.
O Deus e o homem em Cristo devem ser entendidos em suas respectivas naturezas, nunca divorciadas, mas também não confundidas ou misturadas uma com a outra, sendo o verbo, sempre, o centro do verbo-homem. A conscientização real da diferença de ser entre Deus e o homem repousa, em última análise, na encarnação.
Esta doutrina da Duas Naturezas do Redentor foi adotada pelo cristianismo tanto católico, como mais tarde pelo protestantismo em sua maioria.
A teologia trinitária de  Atanásio pode ser resumido na palavra Homoousion (da mesma substância)  – Ou seja, que o Filho de Deus,  se constitui “numa substancia igual ” a do Pai. O filho encarnado é a base de toda a revelação e expiação. Essa palavra, embora não ocorra nas escrituras, era para ele uma “indicação” maravilhosa, ou “uma declaração exata”, possuindo um poder extraordinariamente esclarecedor e explicativo, trazendo a luz a totalidade da obra e do ser do Deus triuno a defesa vigorosa que Atanásio faz dessa palavra apoiasse no fato de estar totalmente convencido de sua verdade.
 Sua morte aconteceu em 2 de maio de 373, oito anos antes do Concílio de Constantinopla, onde os decretos de Niceia foram confirmados e a posição de  Atanásio consolidada.

OS CREDOS ONDE PREVALECEM AS POSIÇÕES DE ATANÁSIO.
  CREDO DE ATANÁSIO – 1.Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. /2.Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade. / 3.A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. / 4.Sem confundir as Pessoas nem separar a substância. / 5.Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. / 6.Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória e coeterna a majestade. / 7.Qual como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo. / 8.O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. / 9.O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. / 10.O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. / 11.E contudo não são três eternos, mas um só eterno. / 12.Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. / 13.Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. / 14.E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente. / 15.Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. / 16.E contudo não são três deuses, mas um só Deus. / 17.Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. / 18.E contudo não são três senhores, mas um só Senhor. / 19.Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, / 20.Do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores. / 21.O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. / 22.O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. / 23.O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. / 24.Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. / 25.E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, / 26.Mas, as três Pessoas são coeternas e iguais entre si. / 27.De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. / 28.Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade. / 29.Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo. / 30.A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. / 31.É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe. / 32.Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana. / 33.Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade. / 34.E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. 35.É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade. / 36.Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa. / 37.Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo. / 38.Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. / 39.Subiu aos Céus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, 40.Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. / 41.E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, 42.Para prestar conta dos seus atos. / 43.E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno. / 44.Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar. Amém. 
CREDO DE NICÉIA OU CREDO NICENO - " Creio em um só Deus, Pai, todo-poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho único de Deus, gerado do Pai antes de todos os tempos, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas, o qual por nós homens e para nossa salvação desceu do Céu, e encarnou pelo Espírito Santo e da Virgem Maria e se fez homem, e por nossa causa foi crucificado, e ressurgiu de novo ao terceiro dia segundo as Escrituras, e subiu ao Céu e está sentado à mão direita do Pai, e virá de novo em sua glória para julgar os vivos e os mortos, e cujo Reino não terá fim; E no Espírito Santo, Senhor que dá vida, que procede do Pai e do Filho, e que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, e que falou pelos profetas; e numa igreja una, santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados; e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo por vir. Amém
"CREDO DE CALCEDÔNIA - Unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade;verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis;a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, o verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais transmitiu.


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