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A ONISCIÊNCIA DE DEUS
CATECISMO MAIOR - Quem é Deus? Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição;
Deus é espírito PERFEITO e, como tal tem conhecimento PERFEITO. Ele é um espírito perfeito e como tal, tem conhecimento perfeito. Ele é absolutamente perfeito em seu conhecimento.
Este conhecimento divino é sua perfeição infinita. Junto com a onisciência existe a PRESCIÊNCIA, que é o conhecimento perfeito que Deus tanto do presente quanto do futuro.
Mas, note, que a presciência não se refere apenas que “Deus sabe” o futuro, mas que ele “conhece” o futuro. Inclui não o saber, mas o conhecer a tudo, passado, presente e futuro. Desde o começo ele conhece o fim. Não se trata de saber, mas de conhecer.
A presciência de Deus, portanto, não se refere ao fato de ele apenas saber, mas de conhecer. O conhecimento de Deus com relação ao futuro, não é progressivo, ele não apenas sabe os fatos futuros, mas conhece os eventos. No conhecimento de Deus não existe sucessão de eventos, onde ele vai prevendo fatos, ele não prefatiza, é um conhecimento experimental imediato de tudo.
IS 14.27 – “O Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E sua mão estendida está; quem pois a fará voltar atrás?”
Is 43.13 – “Ainda antes eu houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?”
Is 46.10 – “anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam, que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.”
( Não deixe de ler Dn 4.35; At 15.18; At 17.26; Ef 1.11)
Os personagens bíblicos declaravam-se assombrados pelo conhecimento de Deus.
Jó 11.7,8 – “ ...Alcançareis os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderosos? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria..mais profundo do que o inferno ela é...”
Isaías 40.28 – “ Não se pode esquadrinhar o seu entendimento...”
Jó 37.16 – “Ele é perfeito nos conhecimentos....”
Sl 147.5 – “ ...o seu entendimento é infinito”
1João 3.20 – “...Deus conhece todas as coisas.”
Rom 11.33 – “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus.”
O conhecimento de Deus é a ciência perfeita e nada fica além daquilo que ele sabe.
Alguns mestres hoje, afirmam que Deus só conhece o que é possível conhecer. Tanto a “Teologia do Processo”, “Teísmo Aberto” como a “Teologia Relacional”, afirmam que Ele não sabe o futuro, por exemplo, porque o futuro não existe, e Deus não sabe o que não existe. O seu conhecimento é perfeito sobre tudo o que existe, e Deus só sabe o que é possível saber. Este é um exemplo de pensamentos que limitam o conhecimento de Deus, tirando sua onisciência.
Vejamos o que a Bíblia afirma sobre o conhecimento de Deus.
a) Deus tem um conhecimento perfeito, e este conhecimento toda a criação.
Pv 15.3 – “ Os olhos do Senhor estão em todo lugar...”
b) Deus tem conhecimento perfeito de dimensões e direções.
Sl 147.4 – “conta os números das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes.”
c) Deus tem perfeito conhecimento do presente e futuro do ser humano. Conhecimento também das dimensões físicas e existenciais de cada pessoa.
Pv 5.21 – “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor.”
Sl 139.2,5 – “Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento, cercas o meu andar e o meu deitar, e conhece todos os meus caminhos.”
Ex 3.7 – “conheci todas as suas dores.”
d)
Deus tem conhecimento perfeito além das linhas do
tempos. Seu conhecimento é perfeito de tudo quanto há de acontecer, que para
Ele já existe.
Is 46.9,10 – “ Eu anuncio o fim desde o principio, e desde a antiguidade
as coisas que ainda não sucederam..” (ver também Is 48.5-8; At 17.26; Gn 45.7,8; Pv 16.4; ).A Onipotência de Deus é aquele atributo ou perfeição, por meio do qual ele pode realizar ou fazer acontecer tudo o quanto ele quer. O poder de Deus não conhece limites ou restrições.
A declaração de Deus quanto à sua intenção é a garantia de que aquilo que foi planejado há de se realizar. A Onipotência é a perfeição divina que opera através sua vontade soberana. Ele pode todas as coisas de modo perfeito. A criação de todas as coisas, a partir do nada através de sua vontade, executando-a com poder de criar e sustentar é a grande demonstração de seu poder.
Nm 23.19 – “Porventura diria ele, e não o faria?”
Tanto a sua vontade como seu poder de executar sua vontade são perfeições divinas, por isso tudo o que ele decide fazer e faz, e o uso do seu poder são perfeições divinas, por isso suas decisões e execuções desta vontade são sempre santas, perfeitas e boas.
A maravilhosa contemplação de todas as obras de Deus, produziu a seguinte confissão em Jó;
Jó 42.2 – “Tudo podes, e nenhum dos Teus Planos pode ser frustrados.” (ver também Gn 18.14).
Deus tem todo poder, isto significa domínio e soberania sobre todas as coisas. Não há quem resista ao seu poder e não há propósito que Ele não possa realizar. Gn 18.14 – “Haveria coisa difícil ao Senhor?”
a) Deus tem todo poder ao pronunciar seua decretos
O poder do seu decreto é poder imediato, é lei permanente a que toda a natureza tem que obedecer imediata e completamente.
Gn 1.1-3 – “No princípio criou Deus os céus e a terra...e disse Deus: haja luz, e houve luz.”
Sl 33.9 – “Falou e tudo apareceu” (ver Gn 1.1).
Sl 107.25-29 – “Ele manda e se levanta o vento tempestuoso..fez cessar a tormenta, e acalmou-se as ondas.” (ver Nm 1.5,6)
b) Deus tem todo poder sobre o mundo invisível ou sobre os poderes do céu. Até Satanás está absolutamente debaixo de domínio soberano.
Daniel 4.35 – “ele opera o exército do céu..” (ver Jó 1.12; 2.6; Lc 22.31,32; Ap 20.2).
Sendo ONIPOTENTE, ele possui ainda três atributos que se inclui na sua onipotência:
1 – ONTOLÓGICAMENTE SIMPLES– O ser divino não é composto, complexo ou divisível. Nele tudo vem dele mesmo e a qualidade de seu ser, a substância ou forma de seu ser e o modo de existir são a mesma coisa. Isto quer dizer que ele sempre é o que é, não evoluindo, nem crescendo, nem havendo necessidade de mudar ou melhorar, pois é perfeito em si mesmo. Ele é o que é essencialmente pela necessidade de existir e não por alguma causa ou contingência externa ou provocada como no caso das criaturas.
2 – ETERNO EM SEU SER – Esta é uma perfeição divina relacionada com a linha do tempo ou com a direção do tempo. Ele é um ser eterno, auto existente, sem começo ou fim. Ele transcende, é maior em dimensão infinita a todas as cadeias de causas e efeitos. Ele sendo o criador do tempo, é necessariamente maior do que tempo.
O tempo é a dimensão humana que conta a história humana, através de dias, meses e anos. Para Deus não há esta necessidade cronológica, por isso está além do tempo.
Jó 11.7,8 – “Por acaso alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?”
Sl 90.1,2 – “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”
3 – IMUTÁVEL EM SUA NATUREZA – Esta é a perfeição divina que o faz ser completo em si mesmo, não precisando mudança, por aumento ou diminuição. Ele é imutável, invariável, permanente. Ele não está sujeito a mudanças em nenhuma esfera ou relacionamento. Ele não pode, nem poderia ser menos do que é, e considerando que Ele em sua perfeição preenche tudo, todos e todas as coisas, Ele não poderia ser melhor do que é.
Sl 102. 24-27 – “Tu és sempre o mesmo, os teus anos jamais terão fim...”
A ONIPRESENÇA DE DEUS
- DEUS ENCHE TODAS AS COISAS - Deus está presente em todos os lugares, o espaço material, ou o espaço como dimensão, não o pode limitar em ponto algum. Nenhum limite o pode impedir de transcendê-lo.
Alguns fazem diferença entre imensidade e onipresença, sendo:
A imensidade, a presença de Deus em relação ao espaço.
A Onipresença, a presença de Deus em relação ás criaturas.
Mas, não precisamos fazer esta distinção uma vez que a onipresença é devido à sua imensidade e sua imensidade é sua onipresença.
Deuteronômio 4.39 – “O Senhor é Deus em cima nos céus, e embaixo na terra.” (ver Josué 2.11).
Sl 139.7-10 – “...para onde me ausentarei do teu Espírito? ...se subo ao céus, lá estás, se faço minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá a tua mão e a tua destra me susterás.”
Efésios 1.23 – “ aquele que a tudo enche em todas as cousas”
(ver também Pv 15.3; Is 66.1; ).
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