PLENAMENTE DIVINO – PLENAMENTE HUMANO.
Jesus era o verbo, que estava com Deus e que era Deus. Ele foi Deus que se fez gente. Ele não era apenas parecido com um ser humano. Ele era um ser humano de verdade, de carne e sangue, como qualquer um de nós. Ele nasceu de uma mulher e cresceu como qualquer outra criança (Lc 2.51-52). Quando cresceu se tornou um carpinteiro numa pequena idade judia, era bem conhecido dos seus vizinhos. Cresceu em uma família de quatro irmãos e tinha irmãs (Mc 6.3).
Ele foi um homem real na história, viveu de modo simples. Nunca viajou muito longe de sua cidade natal. Nunca foi um líder de um grande grupo, nem político, nem militar. Mas ele foi um homem diferente de todos os que já viveram.
Ninguém pode ser comparado a Jesus Cristo. Ele se destaca sozinho na história. Seu nascimento de uma virgem, sua vida sem pecado, seu caráter santo, seu amor incomparável, seus muitos milagres, seu poder sobre todas as coisas, sua morte sacrificial, sua ressurreição vitoriosa e sua ascensão corpórea ao céu nos dizem uma coisa: jamais houve um homem como esse. Jesus é um homem que é Deus. Ele é Deus que se tornou humano. Mas Deus de Deus, homem, feito de humanidade plena, portanto, plenamente humano.
Ele é o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade, é verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai e igual ao Pai, pois assim o Pai o determinou (1João 5.20).
Quando chegou a plenitude do tempo, o tempo da redenção, que era um plano eterno, O Filho tomou sobre si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades que era comuns a um ser humano. Como era Filho de Deus, gerado pelo Pai, era sem pecado, ou seja, mesmo se tornando um ser humano, sua natureza era sem pecado (Gl 4.4; Hb 2.14-17; Hb 4.15)
Sendo concebido no ventre da virgem Maria, ganhou a substância dela e herdou dela uma natureza humana com suas fragilidades. Assim, ele possuía duas naturezas, divina e humana, plenas, completas, inteiras, mas distintas – A Divindade e a humanidade – foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão uma à outra – ou seja, sem uma se tornar a outra, sem composição ou confusão (Credo Atanasiano).
Essa
pessoa, Jesus, é verdadeiro Deus e verdadeiro homem; Filho de Deus e Filho do
homem – É o Cristo, o único mediador entre Deus e o homem, podendo representar
a Deus entre os homens, pois era Deus; podendo representar os homens diante de
Deus, pois era homem ( Hb 4.15; Lc 1.27-35; Mt 16.16; col 2.9; Rom 9.5; Rom
1.3,4; 1Tm 2.5).
2 – DEUS PLENO, HOMEM PLENOO Senhor Jesus tendo natureza divina, revestiu-se de humanidade, sem contudo, deixar jamais de ser divino. Ele, em sua natureza humana unida à divina, foi santificado e sem medida ungido com o Espírito Santo, reunindo em si a essência da humanidade e da Divindade, por isso foi Deus Pleno e homem pleno (João 3.34; Hb 1.8,9)
Foi decreto amoroso do Pai que no Seu Filho habitasse toda a plenitude da divindade, para que sendo santo, inocente e incontaminado; cheio de graça e verdade, estivesse perfeitamente habilitado para ser o Eterno Sumo Sacerdote da salvação, mediador e fiador desta salvação (Col 2.3; Col 1.9)
Este oficio ele não tomou para si sozinho, mas foi chamado a fazer isso pelo Pai, que lhe deu todo o Poder, autoridade e glória, todo o juízo para que exercesse plenamente até o fim a obra de redenção (Hb 7.26; João 1.14; At 10.38; Hb 12.24; Hb 5.4,5; João 5.22,27; Mt 28.18).
Para que pudesse realizar esta obra, se sujeitou à lei, a cumprindo por nós, e a cumpriu perfeitamente ( Mt 3.15; 5.17).
Padeceu em seu corpo, mas foi na sua alma que sofreu os mais cruéis tormentos, por sorvia o cálice da ira de Deus, enfrentado o seu juízo por nós. Em seu corpo padeceu as mais penosas dores quando foi crucificado, morrendo morte substitutiva pelos pecadores ( Mt 26.37; Mt 28.38; 27.46; Fp 2.8)
Foi sepultado e ficou sob o poder da morte, mas não viu a corrupção. Experimentou também os poderes do inferno, para que escapássemos de lá, mas como era santo, não foi corrompido, antes a maldição do pecado que foi lançada sobre Ele, não o pode corromper, e resultou em benção para nós. A maldição que era para amaldiçoar, abençoou. Ao terceiro dia ressuscitou dos mortos, ou dentre os mortos como mesmo corpo que havia padecido, porém revestido de glória e incorruptibilidade. ( At 2.24-27; At 13.37; 1Cor 15.4; 1Pe 3.22; Rom 8.34).
Subiu ao céu e está assentado à destra de Deus Pai, onde é nosso intercessor. Esta obra de intercessor, não significa que ele esteja orando por nós, ou implorando que o Pai nos abençoe, isto já foi feito, o Pai já nos abençoou, mas significa que ele está aplicando sua obra de redenção todos os dias em nós ( Hb 7.25). De lá, um dia ele voltará para buscar os seus e julgar o mundo ( At 1.11; João 5.28-29; Mt 13.30-42).
4 – COMO SUBSTITUTO SATISFEZ A
JUSTIÇA DE DEUS.
O
Senhor Jesus, por sua obediência perfeita, cumprindo toda a Lei e vivendo a
vida perfeita que não conseguiríamos, foi assim por sua vida mais do que
exemplo, mas nosso substituto diante de Deus ( Rm 5.19).Ele ofereceu-se como sacrifício, que pelo Espírito Eterno, a Deus uma só vez , e pelo seu sacrifício satisfez plenamente a justiça do Pai (Rm 3.25-26).
E conquistou para aqueles que o Pai lhes deu, a salvação, reconciliação, a santificação, a justificação, a glorificação e a herança eterna da qual é herdeiro ( Rm 3.26; Hb 10.14; Ef 1.11; Ef 1.14; Col 1.20; 2Cor 5.18-20; Hb 9.12-15).
A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO
a) O nascimento virginal de Cristo (
Mt 1.18-25 e Lc 1.35).O nascimento virginal possibilitou a união da plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa.
O nascimento virginal também torna possível a verdadeira humanidade de Cristo sem a herança do pecado. Jesus não herdou o pecado de Adão, porque não era descendente de Adão. A natureza de Jesus não veio de Adão, por isso não herdou a herança pecaminosa de Adão. Para que fosse o substituto perfeito, e para salvar a humanidade de seus pecados, ele deveria ser sem pecado. Isto é, ele deveria não apenas não pecar, mas também não ser um pecador.
b) Possuía em sua natureza humana, fraquezas e limitações.
Jesus possuía um corpo humano. Ele nasceu como nascem todas as crianças (Lc 2.7). Ele cresceu como uma criança normal (Lc 2.40). Ele, ao crescer, manifestou plena humanidade:
- Ele sentiu cansaço (João 4.6).
- Ele sentiu sede (João 19.28).
- Ele sentiu fome ( Mt 4.2).
c) Jesus possuía alma e emoções humanas.
João 12.27 – “...a minha alma está angustiada.”
João 13.21 – “angustiou-se Jesus em espírito.”
Mateus 26.38 – “A minha alma está profundamente triste até a morte.”
João 11.35 – “Jesus chorou.”
c) Jesus foi tentado ( Mt 4. Lc 4; Hb 2.18).
a) Para possibilitar uma obediência representativa.
Jesus era nosso representante e em tudo nos substituiu. Como um ser humano, ele obedeceu naquilo que Adão falhou e desobedeceu. Todos pecam em Adão e todos podem ser perdoados em Cristo.
Na desobediência de Adão e na obediência de Cristo, encontra-se a condição da humanidade.
Rom 5.18-19 – “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”
Adão é o primeiro homem e Cristo, o segundo homem.
1 Corintios 15.47 – “O primeiro homem é formado da terra, é terreno; o segundo homem, é do céu.”
Cristo é o último Adão.
1 Corintios 14.45 – “ O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente, o último Adão, porém, é espírito vivificante.”
b) Para oferecer um sacrifício substitutivo.
Se Jesus não tivesse sido humano, não poderia morrer em nosso lugar pagando a penalidade que era cabida a nós.
Hebreus 2.17-18 – “Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.”
c) Para ser o único mediador entre Deus e os seres humanos.
O pecado havia nos afastado de deus, somente um mediador que pudesse ser nosso representante diante de Deus nos levaria de volta a Deus.
1Tm 2.5 – “Há um dó mediador entre Deus e o homes, Jesus Cristo, homem.”
d) Para ser nosso exemplo e padrão de vida.
O alvo de nossa vida deve ser a conformidade com nosso Senhor. Ele viveu uma vida plena, dando exemplo em tudo.
1 Jão 2.6 – “...aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como andou.”
1 Cor 3.18 – “...somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
Hebreus 12.2-3 - “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.”
Fp 3.10 – “...para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte.”
e) Para compadecer-se como sumo-sacerdote.
Hb 2.18 – “...naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.”
Se ele não tivesse existido na condição humana, não teria sido capaz de conhecer pela experiência o que sofremos em nossas tentações, angustias existenciais e lutas da vida.
Hb 4.15-16 – “Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
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