O SENHOR REINA DE SEU TRONO DE GLÓRIA
A mensagem aqui é para que a igreja tenha a consciência de que Deus é
o Todo Poderoso, cheio de perfeições e glória e que ele Reina sobre o mundo.
A primeira visão que João
tem é a do trono (4.2). O trono, porém, não estava vazio - estava ocupado. Havia
alguém nele, que tinha aparência de glória e majestade. É a visão que deixa
João impactado diante da magnificência de Deus. A visão era majestosa,
grandiosa e inexprimível, difícil de descrever. Ele diante desta grandiosidade
ele não tem outra opção para descrever a visão e não o da comparação. Ele não
podendo dizer como era, ele diz “era como”.
Aquele que está no trono
‘’era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio’’.
O jaspe, uma pedra
transparente como o cristal, representa a santidade de Deus.
O sárdio, vermelho e
faiscante, mostra o seu juízo . A visão do arco-íris mostra que Deus é
misericordioso e não esquece suas
promessas – ver Gn 9.12-16.
A igreja estava
enfrentado os poderes do Reino do mundo, regidos pelos poderes espirituais
malignos. Este poder romano é uma síntese de todos os poderes humanos e
malignos de todos os tempos – e a maior representação é a figura do Anti
Cristo. O conflito na terra é expressão do conflito entre o reino de Deus e o
reino de Satanás. Por isso, o Apocalipse começa com o fato de que o Deus eterno
está entronizado e governando seu universo. As forças do mal não podem
vencê-lo.
Não podemos concluir que
o reino de Satanás é um reino oposto ao Reino de Deus, no sentido de poderes
iguais. Satanás é uma criatura de Deus, por isso seu reino, não tem o poder nem
mesmo de destruir a igreja ou impedir sua ação – mas de fazer oposição.
Além do Deus eterno e soberano, há os vinte e quatro anciãos, sentados sobre vinte e quatro tronos, com coroas de ouro e vestes brancas (4.4).
A palavra “ancião” aqui, é o termo grego “presbítero”. O mesmo que era usado para designar os pastores na igreja do Novo Testamento. Os vinte quatro anciãos são os principados - os "archontes" - os principais, os primeiros - aqueles seres celestiais que foram os primeiros a serem criados.
Os‘’sete espíritos de Deus’’ (4.5) – é a maneira com que a linguagem apocalíptica se referia ao Espírito de Deus - ao Espírito Santo. Não significa que existam sete espíritos de Deus, mas que é a plenitude de Deus se manifestando.
Diante do trono havia um
mar de vidro e ao seu redor quatro seres viventes: um com aparência de leão, outro com aparência de
touro, o terceiro com rosto de homem e o último semelhante a uma águia no voo
(4.6,7).
Muitos mestres afirmam
que eles são seres e príncipes
celestiais. A palavra “ancião” aqui, é o termo grego “presbítero”. O mesmo que
era usado para designar os pastores na igreja do Novo Testamento.
Outros interpretes dizem que os vinte e quatro
anciãos representam todos os redimidos (5.9). Representam o povo de Deus
glorificado, tanto do antigo como do novo pacto; é uma igreja em sua totalidade.
As vestes lembram pureza e roupas
sacerdotais (1.6 e 5.10), as coroas de ouro sobre a cabeça e o estarem
assentados em tronos indicam uma ordem real (1Pe 2.9, 3.21, 5.10) e
que já estão reinando com Cristo (Mt
19.27-29; Lc 22.30). Esses são aqueles que já venceram e receberam as promessas (2.10). Estas coroas representam
o galardão, a coroa da vida.
O mar de vidro indica
separação entre Deus e sua criação. Esta separação não é de distancia, mas de
natureza. A criação não é divina, nem uma extensão da divindade e nem faz parte
da divindade – é separada. Haverá um dia quando o mar será retirado (21.1) e,
então, os salvos por Jesus na cruz, estarão diante dele face a face e não
haverá separação.
Os quatro seres viventes,
no Apocalipse, cultuam, servem e instruem João. São figuras provenientes de
Ezequiel 1.6-22. Estes seres não são monstros, mas são descritos conforme as
características de personalidade e ação de cada um. O leão significa que o
aquele ser tinha como característica peculiar a ação da força. O novilho indica
a disposição para o serviço divino. O rosto como de homem indica ação entre a
humanidade. A águia voando indica a sublimidade e a extensão de ação daquele
ser.
Eles estão ‘’cheios de
olhos’’, significando multivisão e vigilância constante e indica que eles estão
de acordo com a onisciência divina. Eles tem consciência de tudo o que acontece
no campo de ação de cada um.
Este capitulo nos ensino que Deus é o Criador de todas as coisas e é o único com o direito de ser adorado. O hino de adoração reconhece a Deus como santo, onipotente e eterno (4.8). Esta visão parece ser um culto celestial ou o que acontece no mundo celestial quando Deus onde sempre há adoração. Os anciãos lançam suas coroas diante do trono, representando que tudo o que eles têm e são vem de Deus.
Também em reconhecimento de que a vitória é de Deus, que permitiu que os mesmos vencessem e pudessem estar diante do trono, adoração e louvor (4.10,11). Este texto mostra o quanto é sublime e glorioso o trono do nosso Deus.
Este texto é a visão celestial de toda a história da criação. Desde a criação dos seres celestiais, até a glorificação de toda a criação, na Parousía - quando tudo rendará glória final ao Deus criador e ao cordeiro.
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