sábado, 9 de abril de 2022

Apocalipse - aula 03 - As sete igrejas

 


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AS SETE IGREJAS – Capítulos 2 E 3

O capitulo 1, trata da apresentação de quem estava escrevendo, de quem estava revelando a mensagem e para quem seria a mensagem. Os capitulos 2 e 3 é a mensagem de como aquelas igrejas deveriam se preparar para receber a mensagem e estar em condições de enfrentar a perseguição e serem contadas com aquelas igrejas aprovadas e recebidas na glória após tudo passar.

O conteúdo da cada uma das cartas demonstra o  conhecimento que o Senhor da Igreja tinha da realidade das mesmas. Nenhuma delas era perfeita, porque não existem igrejas perfeitas, pois estamos falando de comunidade de pecadores e não de anjos ou justos aperfeiçoados. As igrejas passavam por dificuldades extremas, principalmente, por que era um movimento novo no mundo judaico e romano.  Internamente, também a igreja enfrentava problemas de ordem doutrinária e moral, enfraquecendo o testemunho da igreja na comunidade.

As cartas expõem a condição de cada igreja e claramente vemos que as igrejas de cada localidade carregam as características daquela cidade. Cada igreja tem um DNA próprio, pois a igreja é composta de pessoas que tem cada um a sua vida.

Muitos vêm as cartas como uma radiografia daquelas igrejas especificamente, servindo de tipo ou modelo para as outras igrejas.

Outros acreditam que as cartas tinham o propósito de descrever períodos da história subsequente da igreja, usando aquelas igrejas apenas como modelos e que talvez as igrejas mencionadas nem tenham recebido as cartas, pois não eram de fato para elas.

Os que pensam na descrição de períodos de historia da igreja veem as igrejas como indicadores de eras que vão ampliando a visão na forma de um telescópio.

Desta forma as sete igrejas representariam sete períodos que são:

- A  igreja de Éfeso – seria o período apostólico da igreja do ano 30 a 100 d.C.(1-100 d.C

- A de Esmirna – seria a igreja pós- apostólica, que enfrentaria as perseguições romanas do ano 100 a 310 d.C.).

A de Pérgamo – seria a igreja que recebeu a proteção do Império Romano do ano 311 a 500 .

A de Tiatira – seria a igreja da Idade Média e da corrupção Papal do ano 500 a 1516.  

A de Sardes- seria a igreja da Reforma e pós Reforma  de 1516  a 1700.  

A de Filadélfia – Seria a igreja dos grande Avivamentos e pregadores e que marcou as missões mundiais de 1700 a 1900.

A de Laodicéia – seria a igreja da apostasia e contemporânea, a última igreja de 1900 até agora e até o fim.    

Embora seja esse um esquema interessante, não tem suporte no livro do Apocalipse, e nem mesmo apoio histórico.  Os interpretes dessa linha não concordam entre si quanto às datas. Será que não estamos experimentando hoje um avanço missionário  de grandes proporções? Será que nunca houve momento de apostasia em larga escala na historia da igreja antes? A igreja em todos os tempos sempre se caracterizou por todas estas condições mencionadas, inclusive hoje.  Os melhores intérpretes, que serão mencionados na bibliografia não concordam com esta interpretação.

As cartas parecem refletir  a situação daquelas igrejas a que foram endereçadas em primeira mão e depois aplicadas em  seu conteúdo para nossas igrejas de hoje. Vivemos em dias em que se pode aplicar o conteúdo das sete cartas a diferentes igrejas. Hoje e também em todas as épocas sempre houve – igrejas missionárias, igrejas mornas, igrejas sofredoras, fieis na doutrina ou frias.

Na nossa própria cidade podemos encontrar igrejas que se enquadram nas descrições de cada uma das igrejas do Apocalipse.

Porém, apesar de toda a construção teológica exposta, a melhor interpretação é que se trata de um paralelo entre Israel e a igreja. Israel era o candelabro, a lâmpada de Deus no mundo, mas perdeu esta condição por seguir outros deuses. A isto a Bíblia chama de prostituição. A infidelidade de Israel é o tema de boa parte da literatura profética no Antigo Testamento. As cartas do Apocalipse narra esta mudança de condição. Israel perde a condição de candelabro que foi removido de seu meio e a igreja assume esta condição. As cartas é uma descrição de como Israel deixa de ser a luz de Deus no mundo, o porque a igreja agora é e ao mesmo tempo é advertida para que não perca. Em cada uma das igrejas vemos elementos da história de Israel, suas provas, aprovações e desaprovações, a partir do contexto próprio de cada igreja. Ou de forma reversa, a partir da realidade de cada igreja, nas entrelinhas, vemos a história de Israel e como ele perdeu a condição de candelabro de Deus.

                               A IGREJA PREPARADA

As cartas eram, então, uma mensagem de preparação para que as igrejas pudessem enfrentar os dias difíceis que estavam por vir. Neste sentido podemos ver os seguintes elementos nas cartas:

- O Senhor Jesus Cristo é soberano sobre e igreja e conhece cada igreja e se apresenta para suprir essas necessidades.  Cada igreja era conhecida pelo Senhor profundamente.

Cada igreja precisa lembrar disso, que o verdadeiro Senhor da Igreja, é Jesus Cristo que se apresenta para cada igreja com os atributos necessários para cada uma de acordo com as necessidades e características delas.

- O Senhor da igreja é perfeito, mas não existe igreja perfeita.  As igrejas tinham problemas e defeitos, alguns até mesmo graves, mas o Senhor não as rejeitou, chamando-as  ao arrependimento. com a promessa de perdão. Embora  não sejamos perfeitos, não podemos usar a nossa imperfeição como desculpa para continuarmos no erro.

- O Senhor da  igreja está preparando-a para sua vinda. As mensagens de Jesus às igrejas tem como principal alvo que elas estejam preparadas para o dia de sua vinda. A igreja precisa viver na esperança desse dia, vigiando constantemente e não esquecendo de dar bom testemunho no mundo. A igreja precisa ter foco centrado em sua missão neste mundo e também  na esperança de vinda de Jesus Cristo.

- O Senhor não descarta nenhuma igreja.  As promessas de bênçãos são prometidas a todas as igrejas que vencerem ao mundo .  Às igrejas vencedoras, isto é, aos crentes,  é prometido comer da árvore da vida – que é o mesmo que a vida eterna (2.7).

À igreja de Esmirna, ele promete que não verão a segunda morte – ou seja, a perdição eterna (2.11).

À igreja de Pérgamo, é prometido o alimento espiritual e transformação de vida, o crescimento espiritual, o avivamento pleno (2.17).

À igreja de Tiatira,  a promessa é  de  autoridade para participar o reinado de Cristo e a glória, da qual participará o vencedor, eles não enfrentarão a perseguição, mas vencerão o mundo(Ap 2.25-27).

À igreja de Sardes, é prometido a santificação, eles terão a segurança da salvação, serão conhecidos por sua fidelidade bíblica (3.5).

À igreja  de Filadélfia, a plena salvação, representado pela coroa  (3.11).

À igreja de Laodicéia, a promessa é de vitória final (3.21).

Não podemos ser institucionais nestes textos, pois as  igrejas não são denominações, mas comunidades de pessoas salvas. Deste modo os que vencem e recebem os galardões, não são instituições, mas os crentes. Essas promessas não são somente para um grupo de privilegiados, mas para todos os crentes. As promessas também na essência são as mesmas para todas as igrejas.

 

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