Conheça - https://catecism.blogspot.com/
AS SETE IGREJAS – Capítulos 2 E 3
O capitulo 1, trata da apresentação de quem estava escrevendo, de quem
estava revelando a mensagem e para quem seria a mensagem. Os capitulos 2 e 3 é
a mensagem de como aquelas igrejas deveriam se preparar para receber a mensagem
e estar em condições de enfrentar a perseguição e serem contadas com aquelas
igrejas aprovadas e recebidas na glória após tudo passar.
O conteúdo da cada uma
das cartas demonstra o conhecimento que
o Senhor da Igreja tinha da realidade das mesmas. Nenhuma delas era perfeita,
porque não existem igrejas perfeitas, pois estamos falando de comunidade de
pecadores e não de anjos ou justos aperfeiçoados. As igrejas passavam por
dificuldades extremas, principalmente, por que era um movimento novo no mundo
judaico e romano. Internamente, também a
igreja enfrentava problemas de ordem doutrinária e moral, enfraquecendo o
testemunho da igreja na comunidade.
As cartas expõem a
condição de cada igreja e claramente vemos que as igrejas de cada localidade
carregam as características daquela cidade. Cada igreja tem um DNA próprio,
pois a igreja é composta de pessoas que tem cada um a sua vida.
Muitos vêm as cartas como
uma radiografia daquelas igrejas especificamente, servindo de tipo ou modelo
para as outras igrejas.
Outros acreditam que as
cartas tinham o propósito de descrever períodos da história subsequente da
igreja, usando aquelas igrejas apenas como modelos e que talvez as igrejas
mencionadas nem tenham recebido as cartas, pois não eram de fato para elas.
Os que pensam na
descrição de períodos de historia da igreja veem as igrejas como indicadores de
eras que vão ampliando a visão na forma de um telescópio.
Desta forma as sete
igrejas representariam sete períodos que são:
- A igreja de Éfeso – seria o período apostólico
da igreja do ano 30 a 100 d.C.(1-100 d.C
- A de Esmirna – seria a
igreja pós- apostólica, que enfrentaria as perseguições romanas do ano 100 a
310 d.C.).
A de Pérgamo – seria a
igreja que recebeu a proteção do Império Romano do ano 311 a 500 .
A de Tiatira – seria a
igreja da Idade Média e da corrupção Papal do ano 500 a 1516.
A de Sardes- seria a
igreja da Reforma e pós Reforma de
1516 a 1700.
A de Filadélfia – Seria a
igreja dos grande Avivamentos e pregadores e que marcou as missões mundiais de
1700 a 1900.
A de Laodicéia – seria a
igreja da apostasia e contemporânea, a última igreja de 1900 até agora e até o
fim.
Embora seja esse um
esquema interessante, não tem suporte no livro do Apocalipse, e nem mesmo apoio
histórico. Os interpretes dessa linha
não concordam entre si quanto às datas. Será que não estamos experimentando
hoje um avanço missionário de grandes
proporções? Será que nunca houve momento de apostasia em larga escala na
historia da igreja antes? A igreja em todos os tempos sempre se caracterizou
por todas estas condições mencionadas, inclusive hoje. Os melhores intérpretes, que serão
mencionados na bibliografia não concordam com esta interpretação.
As cartas parecem
refletir a situação daquelas igrejas a
que foram endereçadas em primeira mão e depois aplicadas em seu conteúdo para nossas igrejas de hoje.
Vivemos em dias em que se pode aplicar o conteúdo das sete cartas a diferentes
igrejas. Hoje e também em todas as épocas sempre houve – igrejas missionárias,
igrejas mornas, igrejas sofredoras, fieis na doutrina ou frias.
Na nossa própria cidade
podemos encontrar igrejas que se enquadram nas descrições de cada uma das
igrejas do Apocalipse.
Porém, apesar de toda a
construção teológica exposta, a melhor interpretação é que
se trata de um paralelo entre Israel e a igreja. Israel era o candelabro, a lâmpada
de Deus no mundo, mas perdeu esta condição por seguir outros deuses. A isto a Bíblia
chama de prostituição. A infidelidade de Israel é o tema de boa parte da
literatura profética no Antigo Testamento. As cartas do Apocalipse narra esta
mudança de condição. Israel perde a condição de candelabro que foi removido de
seu meio e a igreja assume esta condição. As cartas é uma descrição de como
Israel deixa de ser a luz de Deus no mundo, o porque a igreja agora é e ao
mesmo tempo é advertida para que não perca. Em cada uma das igrejas vemos
elementos da história de Israel, suas provas, aprovações e desaprovações, a
partir do contexto próprio de cada igreja. Ou de forma reversa, a partir da
realidade de cada igreja, nas entrelinhas, vemos a história de Israel e como
ele perdeu a condição de candelabro de Deus.
A IGREJA
PREPARADA
As cartas eram, então,
uma mensagem de preparação para que as igrejas pudessem enfrentar os dias
difíceis que estavam por vir. Neste sentido podemos ver os seguintes elementos
nas cartas:
- O
Senhor Jesus Cristo é soberano sobre e igreja e conhece cada igreja e se
apresenta para suprir essas necessidades. Cada igreja era conhecida pelo
Senhor profundamente.
Cada igreja precisa lembrar disso, que o verdadeiro Senhor da Igreja,
é Jesus Cristo que se apresenta para cada igreja com os atributos necessários
para cada uma de acordo com as necessidades e características delas.
- O
Senhor da igreja é perfeito, mas não existe igreja perfeita. As igrejas tinham problemas e defeitos, alguns
até mesmo graves, mas o Senhor não as rejeitou, chamando-as ao arrependimento. com a promessa de perdão.
Embora não sejamos perfeitos, não
podemos usar a nossa imperfeição como desculpa para continuarmos no erro.
- O
Senhor da igreja está preparando-a para
sua vinda. As mensagens de Jesus às igrejas tem como principal alvo que elas estejam
preparadas para o dia de sua vinda. A igreja precisa viver na esperança desse
dia, vigiando constantemente e não esquecendo de dar bom testemunho no mundo. A
igreja precisa ter foco centrado em sua missão neste mundo e também na esperança de vinda de Jesus Cristo.
- O
Senhor não descarta nenhuma igreja. As
promessas de bênçãos são prometidas a todas as igrejas que
vencerem ao mundo . Às igrejas
vencedoras, isto é, aos crentes, é
prometido comer da árvore da vida – que é o mesmo que a vida eterna (2.7).
À igreja de Esmirna, ele promete que não verão a segunda morte – ou
seja, a perdição eterna (2.11).
À igreja de Pérgamo, é prometido o alimento espiritual e transformação
de vida, o crescimento espiritual, o avivamento pleno (2.17).
À igreja de Tiatira, a promessa
é de
autoridade para participar o reinado de Cristo e a glória, da qual
participará o vencedor, eles não enfrentarão a perseguição, mas vencerão o
mundo(Ap 2.25-27).
À igreja de Sardes, é prometido
a santificação, eles terão a segurança da salvação, serão conhecidos por
sua fidelidade bíblica (3.5).
À igreja de Filadélfia, a plena
salvação, representado pela coroa
(3.11).
À igreja de Laodicéia, a promessa é de vitória final (3.21).
Não podemos ser
institucionais nestes textos, pois as igrejas não são denominações, mas comunidades
de pessoas salvas. Deste modo os que vencem e recebem os galardões, não são
instituições, mas os crentes. Essas promessas não são somente para um grupo de
privilegiados, mas para todos os crentes. As promessas também na essência são
as mesmas para todas as igrejas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário