sábado, 30 de dezembro de 2017

A Doutrina do Pecado - Sistemática

Aula de Teologia Sistemática - Maio de 2016


                                                              
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A DOUTRINA DO PECADO – HAMARTIOLOGIA.

O pecado causa a quebra do relacionamento com Deus. Quando uma pessoa peca contra Deus, ela se afasta de Dele, ou melhor explicando, uma pessoa peca porque se afasta de Deus. Deus não pode tolerar o pecado, pois Ele é santo e o pecado é uma ofensa à santidade daquele que é absolutamente puro, absolutamente santo.
Jesus Cristo, é o único mediador que pode restaurar o relacionamento rompido entre Deus e o ser humano.  A Bíblia diz: “há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Ele, por meio de sua obra é o único que pode reunir e reuniu de fato Deus Pai e os seres humanos, na obra de reconciliação, assim, restaurou o relacionamento quebrado.
O salário do pecado é a morte (Rm 6.23). A morte é a separação de Deus e a separação de Deus causa a morte. O pecado é chamado de morte, porque afetou cada parte da vida e atividade humanas.
O ser humano é corrupto e mau em suas condutas, intenções, inclinações e palavras.
O mundo é um mundo de pecados. O mundo geme com doenças, sofrimentos, infelicidade, amarguras, traições, lares desfeitos, guerras grandes e pequenas, mortes, violência, ódio, miséria, injustiça, tudo por causa do pecado – e o pecado está no intimo do ser humano e não fora dele. Cada ser humano existente foi afetado com esta “corrupção radical.”
 
O QUE É O PECADO
1 – DEFINIÇÕES:
Uma compreensão errada do pecado, gera uma compreensão errada da doutrina da salvação.. quando temos uma visão errada da razão ou da essência do mal e como influencia a humanidade, também fatalmente serão criados conceitos complicados do que seja o certo ou o errado. Também não compreenderemos o que seja a vontade de Deus e sua santidade.
A importância do estudo da doutrina do pecado se dá, porque entenderemos a condição  da humanidade e também a grandiosidade da doutrina da salvação.
Vejamos alguns pontos de vista sobre o pecado:
a)    O pecado como mal social – alguns adotam o pecado como deixar de fazer o bem aos necessitados. O pecado então, é visto como uma injustiça contra os fracos. Esta é visão adotada pela teologia da libertação, por exemplo. Se fosse assim, a humanidade não precisaria de um redentor, mas de boas políticas e políticos.
b)    O pecado como questão cultural – outros adotam a visão de que o pecado é uma questão de ponto de vista ou nível cultural. Não existe uma verdade absoluta, e o que é pecado em um grupo social, pode não ser no outro. Alguns pensam que o pecado é consequência do meio em que as pessoas vivem, e, se melhorar o meio o pecado e o mal desaparecerão. Se assim fosse, a humanidade precisaria apenas de benfeitores e santos e não de redenção e salvação.
c)    O pecado como ignorância – estes afirmam que o pecado é simplesmente fruto da ignorância humana. As pessoas praticam o que é errado, porque não conhecem o que é melhor e havendo melhor educação, haverá a melhora do ser humano. Neste caso, a humanidade necessita apenas de bons professores e bons moralistas.
d)    O pecado como ato errado – Este é um erro que é “bem evangélico”, acham que o pecado são os atos errados que as pessoas praticam, e se a pessoa deixar de fazer o que está fazendo errado, o pecado está consertado.
O erro deste conceito é não ver que a pratica do erro é consequência de uma corrupção do interior, de intenções, de desejos. Antes de se tornar prática, o pecado estava no coração e na mente. A pratica é consequência do desejo e intenção pecaminosa. Um adultério, por exemplo, não é resolvido como pecado, com a simples decisão de não encontrar mais a pessoa com quem se está adulterando. A traição como pecado, não é resolvida com a ausência do encontro pecaminoso. Esta visão não reconhece a corrupção do pecado original, e pensa que o pecado pode ser tratado com regras e leis.
DEFINIÇÃO BÍBLICA DE PECADO
O Breve Catecismo de Westminster define biblicamente o pecado: “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa Lei.”
Veja que não é apenas a “transgressão” – Atitude e prática – mas, vai além disso, é “qualquer falta de conformidade” com a lei de Deus, com a vontade de Deus, com a santidade de Deus, com o padrão de pureza de Deus.
1 João 3.4 – “pecado é iniquidade.”
A verdadeira natureza do pecado é oposição a Deus, o que inclui todas as fases do mal, da maldade e da malignidade.
O pecado é realmente pecaminoso é uma ofensa ao ser de Deus. Não é apenas limitação, egoísmo, sensualismo, mas é oposição às perfeições de Deus. Se não houvesse a santidade de Deus, se não houvesse a sua lei como expressão de suas perfeições e como padrão da vida moral – seja lei escrita ou da consciência – não haveria pecado, nem qualquer bem moral – nem padrão espiritual de santidade. Mas há a Lei de Deus. Há a santidade de Deus, há as perfeições de Deus – por isso, existe o pecado e ele é a pior coisa que poderia existir.
O pecado é a corrupção das faculdades humanas, especialmente, do caráter moral e espiritual da alma. É um afastamento de Deus.
O pecado é a corrupção original, ou seja, ele veio com o primeiro casal humano, que é a matriz de toda a humanidade. Em Adão todos pecaram.
O PECADO ORIGINAL O QUE É
O Breve Catecismo de Westminster, mais uma vez pode nos ajudar nas definições: “ No que consiste o estado de pecado em que o ser humano caiu? O estado de pecado em que o ser humano caiu consiste no crime do primeiro pecado de Adão, na falta de retidão origina, na corrupção de toda a sua natureza, o que ordinariamente se chama pecado original.”
O pecado original significa não o primeiro pecado de Adão, nem o primeiro pecado de cada indivíduo, mas a condição de todos os membros da raça humana mediante o nascimento, anterior à transgressão real, condição que lhes sobreveio da queda de Adão, cabeça federal da raça.
Pecados não são apenas as faltas ou transgressões dos mandamentos de Deus através de atos, ainda que estes sejam realmente pecados, e alguns atos abominações diante de Deus. Mas , o pecado é principalmente, a enfermidade hereditária que corrompeu toda a natureza humana como pecado grandemente horrendo. O pecado é o princípio original e a fonte de todos os outros pecados. A raiz corrupta e corrompida de onde procedem todas as transgressões.
Para Calvino, a raiz dos pecados é o pecado original, ele declara que o pecado original é: “a depravação e corrupção hereditárias de nossa natureza, difundida através de todas as partes de alma, tornando-nos passíveis da ira divina”
Por isso, é necessário afirmar que não se trata o pecado com regras e leis, mas com a aplicação da Palavra de Deus na vida da pessoa. O antídoto ao pecado é a santidade, a mortificação do pecado, através de renuncias sérias ao desejo, qualquer desejo pecaminoso.
Fala-se em “pecado de comissão”, aquele que é praticado, por atos. E também em “pecado de omissão”, o bem que deixamos de fazer. Mas é preciso falar de “pecado original”, “pecado de intenção”. O desejo pecaminoso, a concupiscência, aqui está o problema.
Quando alguém comete um ato pecaminoso, é preciso ir até a raiz do pecado, para que haja a libertação. Caso contrário, haverá muitas recaídas, que na verdade não são recaídas, é o mesmo pecado em ação.
As provas bíblicas são:
Sl 51.5 – “em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”
Jó 15.14 – “que é o homem, para que seja puro? E o que nasce de mulher para que fique justo?”
João 3.6 – “O que é nascido da carne é carne.”
Ef 2.3 – “Éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
Sl 58.3 – “alienam-se os ímpios desde o ventre, andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras.” Ver também Gn 8.21; Mt 7.16-19.
A natureza humana não regenerada é pecaminosa. Portanto, a natureza humana inerente e latente é má e pecaminosa (Rm 6.6; 7.5; Gl 5.24; Tg 3.11-12.)
1 Corintios 15.22 – “em Adão todos morrem.”
Rom 5.16 – “O juízo veio de uma só ofensa, na verdade para condenação.”
Rom 5.12 – “ morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

COMO O PECADO SE MANIFESTA
1 – TRANSGRESSÃO – O pecado é a transgressão da Lei de Deus, ou seja, do ideal de santidade que a justiça e a santidade de Deus exige de cada um  de nós.
1 João 3.4 – “Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a Lei; porque o pecado é a transgressão da lei.”
 2 – DESOBEDIÊNCIA – É a nossa inconformidade, pensamentos e atitudes que contrariam a soberania de Deus e a sua vontade para nós.
Jeremias 3.25 – “temos pecado contra o Senhor nosso Deus, nós e nossos pais, desde a nossa mocidade até o dia de hoje; e não demos ouvidos a voz do Senhor nosso Deus.
3 – REBELDIA – A rebelião é nossa vontade e ações agindo de forma contrária à vontade de Deus. Quando sabemos a vontade de Deus e agimos contrários a ela, isto é a rebelião.
1 Samuel 15.23 – “porque a rebelião é como pecado de feitiçaria...”
4 – INTENÇÕES CONTRÁRIAS À VONTADE DE DEUS – Se refere às intenções pecaminosas, às maquinações, os pecados premeditados e tudo aquilo que sabemos que não deveríamos fazer e mesmo assim fazemos.
Pv 24.9 – “Os desígnios do insensato são pecado, e o escarnecedor é abominável aos homens.”
5 – ORGULHO E ARROGÂNCIA.
Aqui se reúne todas as atitudes humanas que não imitam ao Senhor Jesus em sua humildade. A renuncia à humildade gera a auto exaltação, orgulho, soberba e altivez, sentimentos e atitudes que são uma afronta a Deus e à pessoa do Senhor Jesus que deu o exemplo de humildade e humilhação.
Pv 21.4 – “Olhar altivo e coração orgulhoso, lâmpada dos perversos, são pecado.”

SOBRE A ORIGEM DO PECADO
O pecado com relação à humanidade, foi trazido por Satanás ao ser humano, ainda no Éden, mas ele, Satanás, já havia pecado, neste sentido o pecado não é uma invenção humana. O ser humano, pecou, porque a ele foi oferecido. Antes do ser humano cair, Satanás e seus anjos já haviam caído. Antes de haver a queda na terra, houve a queda no reino celestial.
Vamos entender isso:
Na terra houve uma prova, quando Deus alertou o ser humano: “...de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17). Uma vez caindo a mulher e o homem na tentação, a consequência estabelecida por Deus foi imediata: “portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram” (Rom 5.12).
Ao ser provado, o ser humano caiu e não foi aprovado, mas como não foi ele o inventor do pecado, Deus enviou alguém aprovado para o substituir na condenação. Como o ser humano estava condenado, Deus condenou outro no lugar do ser humano, Jesus Cristo, e é isto que significa a salvação. Mas esta substituição é somente pelo ser humano, por isso o diabo e seus anjos nunca terão salvação, pois eles foram condenados, e não houve quem fosse condenado no lugar deles
Hebreus 2.14 -18 – “ Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.”

 1 -  A ORIGEM DO PECADO NO CÉU – ORGULHO.
Satanás foi criado como uma criatura de grande beleza ante de sua queda, sendo criado também com uma imensa sabedoria, ou conhecimento das ciências eternas. Certamente, movido por esta tão grande condição, quis ser adorado como Deus.
Ezequiel 28.14 -17 -  “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.”
Estas palavra proféticas dirigidas uma personagem humano, na verdade tem seu alvo dinâmico para aquele que corrompeu o rei de Tiro, pois estas palavras descrevem não um ser humano, mas um ser supra-humano.
 Da mesma forma o profeta Isaías nos dá uma descrição do rei da Babilônia, cujas descrições são de um ser de dimensões espirituais e angelicais.
Isaías 14 - 12 -20 – “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa? Todos os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada um, no seu túmulo. Mas tu és lançado fora da tua sepultura, como um renovo bastardo, coberto de mortos traspassados à espada, cujo cadáver desce à cova e é pisado de pedras. Com eles não te reunirás na sepultura, porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos jamais será nomeada.”
Claramente fica claro que o orgulho foi o pecado de Satanás, porém, a santidade de Deus não permitiu que este pecado permanece diante de si e o diabo foi lançado fora de sua presença, pois a natureza de Satanás, era esta, e a glória de Deus não pode aceitar o pecado diante de si. O orgulho não é uma entidade em si mesmo, mas é um sentimento que se originou da não concordância com a soberania e glória de Deus.

2 – A ORIGEM DO PECADO NA TERRA.
Como já vimos na introdução deste tema, Deus havia determinado que o homem e a mulher vivessem em liberdade, apenas com uma restrição: não comer do fruto de uma determinada árvore, chamada “árvore do conhecimento do bem e do mal.”
A única ordem restritiva era esta, o fruto proibido e se eles transgredissem esta ordem, morreriam, porém a serpente (que era o diabo),  foi até eles e tentou colocar a ordem de Deus em descrédito.
Genesis 3.1-6 – “ Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.”
Numa perspectiva formal, o primeiro pecado do ser humano, consistiu em comer do furto proibido. Não sabemos que espécie de fruto e de árvore era. Aparentemente, não havia nada espiritual ou mistério algum na árvore e no fruto. Comer deste fruto, não em si mesmo pecado, e não seria pecado comer, se Deus não tivesse proibido. Esta é pelo menos a opinião dos principais intérpretes das Escrituras. O que não há unanimidade, é por que motivo a árvore foi denominada do conhecimento do bem e do mal. Uma opinião comum, é que ela foi chamada assim, porque o comer do seu fruto, infundiria conhecimento prático do bem e do mal. As opções são as seguintes:
a)    Apontaria para o estado futuro do ser humano se seria bom ou mal.
b)    Se o ser humano deixaria que Deus lhe determinasse o que era bom ou mal, ou se ele, ser humano se encarregaria ele mesmo de determiná-lo por si e para si.
Seja como for, a explicação mais provável a ordem de Deus para que eles não comessem do fruto serviu como prova de obediência ao ser humano. Este era o propósito.
Foi um teste de pura obediência, desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição. Adão tinha que mostrar sua disposição de se submeter a vontade de Deus.
Veja então os dois tipo de provas:
O dos anjos foi a prova da adoração, o reconhecimento da glória de Deus. O orgulho reprovou definitivamente, aqueles seres celestiais que se recusaram a dar glórias a Deus.
A prova dos seres humanos, foi o reconhecimento da soberania de Deus.
O pecado dos anjos reprovados foi o orgulho, o dos seres humanos, foi a desobediência.

3 – CONSEQUÊNCIAS DO PECADO:
Como vimos anteriormente, o ser humano tinha sido alertado no Eden quanto ao pecado (Gn 2.17), porém não deu ouvidos a voz do Senhor e recebeu a terrível recompensa de sua transgressão: “o salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23). com o pecado prevalecendo, o mundo todo ficou mergulhado sob influência de Satanás: “sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno” (1 João 5.19). Assim sendo, esta última influência e neste estado o mundo tem existido. A Bíblia afirma:
a – Toda a humanidade vive na injustiça, ou seja longe do padrão santo de Deus. Romanos 3.10 – “não há um justo, nem sequer um.”
b – Todos se encontram num estado de separação de Deus, longe da glória de Deus. Romanos 3.23 – “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.”
c – Se alguém se considerar que não é um pecador, está mentindo.
1João 1.8 -10 – “se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós.”
Quem levar sua vida envolvida com a prática do mal sem se arrepender, o destino será terrível, a perdição eterna. Apocalipse 21.8 – “Quanto porém aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.”

A EXTENSÃO DO PECADO
A Bíblia nos deixa claro sobre a consequência da transgressão da ordem divina do Éden que foi a morte, mas a extensão do pecado vai muito além, pois segundo as Escrituras tanto o reino celestial como a terra, foram afetados pelo pecado.
1 – CONSEQUÊNCIAS NA TERRA:
a – Afetou a humanidade inteira (Rom 5.12).
b – Afetou a natureza inteira (Gn 3.17,18).
c – Afetou a vida animal inclusive. O ser humano passou a se alimentar do animal, e também, os animais começaram a matar e comer uns aos outros. Somente quando Deus restaurar todas as coisas este ‘modus vivendi” mudará.
Isaias 65. 25 – “...o lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá a palha como o boi...”

2 – CONSEQUÊNCIAS NAS REGIÕES CELESTIAIS.
O pecado afetou também as regiões celestiais, até porque começou nesta esfera. A Bíblia também fala de uma transformação nas regiões celestiais. Vejamos alguns textos:
Isaias 65.17 – “Vejam que crio novos céus e nova terra. Não haverá mais lembranças das coisas passadas, nem mais se recordarão.”
Apocalipse 21.1 – “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o
O pecado não afetou  o céu, o lugar do trono do Senhor. Quando se fala em  regiões celestiais não se trata disso, mas daquela esfera dos seres espirituais como anjos e querubins.

Soteriologia - A Doutrina da Salvação - Sistemática

Aula de Teologia Sistemática - Junho de 2016



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A OBRA DE CRISTO E A DOUTRINA DA SALVAÇÃO – A SOTERIOLOGIA.
A obra de Cristo foi completa e comprou para nós a salvação. Não há outra maneira ou meio de sermos salvos (At  4.12).
Seis aspectos da grandiosa obra de Cristo, são demonstradas em um só versículo em 1 Timóteo 3.16 – “ Grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.”
O que significa cada descrição:
1 – MANIFESTADO NA CARNE – Quer dizer que Deus foi visto na forma humana de Jesus. “...e vimos a sua glória, glória como unigênito do Pai.” (João 1.14)
2 - JUSTIFICADO EM ESPÍRITO – Significa que o ministério de Jesus foi desempenhado no poder do Espírito Santo. Ele foi concebido pelo poder do Espírito Santo, cheio do Espírito, ungido pelo Espírito, ofereceu-se como sacrifício a Deus pelo Espírito e pelo mesmo Espírito foi ressurreto de entre os mortos, e deu o Espírito à igreja. Lucas 1.35 – “ descerá sobre ti o Espírito Santo...o ser santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.”
3 – CONTEMPLADO POR ANJOS – Destaca que sua vida humana foi objeto de grande interesse e maravilhou os anjos. As poucas manifestações de anjos nos evangelhos já são suficientes para vermos a admiração intensa de todos os aspectos da vida e obra do Senhor Jesus. Basta lembrar as doze legiões de anjos que estavam ao seu dispor no momento da sua traição (Mt 26.53). 1Pe 1.12 -  “...estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam perscrutar.”
4 – PREGADOS ENTRE OS GENTIOS -  É anunciado que Jesus não se restringiu aos judeus, mas a mensagem de salvação foi anunciada ao mundo gentilico. Mt 28.19 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...”
5 – CRIDO NO MUNDO – Realça o saldo positivo da pregação às nações do Evangelho de Cristo. O Evangelho foi pregado às nações, e não apenas pregado, mas também crido. Sua mensagem quando recebida, gera perdão dos pecados e salvação eterna. Ap 7.9 – Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e linguas, em pé diante do trono e diante do cordeiro, vestidos de vestiduras brancas...”
6 – RECEBIDO NA GLÓRIA – Salienta o desfecho vitorioso da obra do Deus Filho neste mundo. Fp 2.8-11- “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz, pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todos joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”
A obra de Cristo pode ser descrita nos seguintes estágios:
1 – Pré encarnado – Sua obra de criado e sustentador do universo.
2 – Encarnado – Sua obra de revelar a Deus.
3 – Crucificado – sua obra de reconciliar o ser humano com Deus.
4 – Ressuscitado – sua obra de destruir o reino do diabo, que são suas obras más.
5 – Glorificado – sua obra mediadora, sua obra completa proporciona a salvação à humanidade, fazendo a vontade do Pai.
6 – Sua obra na igreja – Sua obra através da igreja, onde ele age através do poder do seu nome.
7 – Coroado – Sua obra de senhorio universal no fim de todas as coisas.

 
A OBRA DE CRISTO SEGUNDO O NOVO TESTAMENTO
A morte de Cristo é central na doutrina cristã e fundamental à fé cristã. A mensagem da igreja primitiva foi marcada por esta doutrina, sem a qual não existiria o cristianismo. 1Cor 15.3 – “antes de tudo, vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.”
Os pontos principais sobre a morte de Cristo são:
1 – Sua paixão e morte foram pré-ordenadas e necessárias.
A morte de Jesus não foi um acidente histórico, nem um plano emergencial de Deus. Muito menos foi uma tragédia, mas foi sim, uma estratégia divina, um plano eterno.
2 Timóteo 1.9-10  - “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;
E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho;”

O seu sofrimento não era consequência de um acaso, fatalidade ou apenas fruto de decisões humanas – mas era propósito divino.
João 12.27 – “agora está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora?
O seu sofrimento era cumprimento das Escrituras
Marcos 9.12 – “como está escrito do Filho do homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado.”
Depois de sua ressurreição, ele afirmou que sua morte era para cumprir as Escrituras e cobra os discípulos por terem esquecido este fato:
Lc 24. 25-27 – “Jesus lhes disse: Ó nescios e tardos de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?”
2 – Sua morte é apresentado em termos sacrificiais, como cumprimento dos sacrifícios do Antigo Testamento.
a) O cumprimento da páscoa. Jesus fez questão de usar a celebração da páscoa como pano de fundo da sua morte (Lc 22.15-16), Paulo escrevendo aos corintios afirmou este fato em 1Cor 5.7 – “...Cristo, como nosso cordeiro pascal foi imolado.”
b) Sua morte é uma confirmação da Antiga Aliança e o estabelecimento da Nova Aliança. Jesus fez questão de salientar o simbolismo do pacto. Lucas 22.20 – “Este é o cálice da nossa aliança no meu sangue derramado em favor de vós.”
Jesus está fazendo uma nova aliança com os membros da antiga aliança e chamando outros para que participem. A igreja é o “novo Israel”. A Nova Aliança tem inicio com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A Nova Aliança é o pacto de salvação entre Deus e o seu povo. Seu novo povo. A Igreja de Jesus.
3 – Sua morte estabelece o livre acesso a Deus, isto é representado no Véu do Templo rasgado de alto a baixo – A morte sacrificial de Jesus Cristo, estabelece o livre acesso a presença de Deus, por parte de seu povo.
Mateus 27.50-52 – “...Jesus, clamando outra vez com grande voz entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo...”
Na Antiga Aliança, apenas o sumo sacerdote entrava por trás do véu uma vez por ano e com o sangue do sacrifício. Na carta aos Hebreus, é nos dito que a eficácia do sacrificio de Cristo é de uma vez para sempre. É definitivo, uma vez só para sempre.
 Ele entra por trás do véu celestial e entra na presença de Deus, não apenas como sacrifício, mas como nosso substituto. Ele destrancou as portas do céu e agora temos livre acesso e podemos ficar face a face com Deus.
Hebreus 6.19-20 – “...além do véu, onde Jesus como precursor, entrou por nós tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”
4- Sua morte foi vicária ou seja, substitutiva.
Vemos isso nos seguintes fatos:
a)    Sua identificação com os pecadores – Jesus fez questão de identificar-se com os pecadores. Ele ficou conhecido como – “amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11.19).
b)    Sua substituição do pecador – Diante de Caifás, ele foi declarado o “cordeiro do sacrifício.”
João 11.50 – “...vos convém que morra um homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação.”
O que fica evidente é que Caifás como sumo sacerdote, estava escolhendo o cordeiro pascal. Aquele que iria morrer em lugar do povo, isto é, em favor do povo.
C – Sua morte foi expiatória, e ele sofreu a punição como pecador. A identificação de Cristo com o pecador é especialmente evidente na sua morte. O pecado e o pecador foram punidos nele.
Galatas 3.13 – “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar.”
Na crucificação, sua identificação com os pecadores se completou ao experimentar o abandono de Deus Pai, quando ele proferiu as palavras: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mt 15.34).
c)    Sua morte foi redentora. Jesus ao morrer resgatou a muitos. Mt 10.45 – “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
Sua morte na cruz, foi o preço pago por nossa libertação. Ef 4.8 – “quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.”
d)    Sua morte foi um triunfo sobre o diabo e forças do mal. Desde o inicio de seu ministério, Jesus enfrentou o reino das trevas. Ele sempre esteve empenhado numa confrontação direta entre o Filho de Deus e domínio do diabo.
Desde o momento em que Jesus aparece pregando o  reino de Deus, o poder do diabo vai sendo enfrentado. Mt 8.29 – “que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?”
Lucas 11.20 – “Se porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós.”
Seu sofrimento foi vitorioso, pois foi uma conquista definitiva sobre o reino das trevas. Na cruz o diabo e todos os principados e potestades foram vencidos (Col 2.12-15). Uma das grandes mentiras do diabo é que o sofrimento produz apostasia. Foi assim que desafiou a Deus  permitir tocar na vida de Jó (Jó 2.4-5).
Como qualquer ser humano saudável, Jesus queria desviar-se do sofrimento e da morte desnecessária. No entanto, depois de ter certeza de que fazia parte da vontade perfeita do Pai, ele bebeu por completo o cálice amargo da ira de Deus, que causou nele os maiores sofrimentos já experimentado por qualquer outro ser no universo.
Isaias 53.5 – “...ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”
Também sua ressurreição foi um triunfo sobre as forças das trevas. A ressurreição é a grande, visível e maravilhosa vitória de Cristo sobre o diabo e sobre a consequência do pecado, a morte. Tal vitória é o testemunho de que sua morte, foi a morte que trouxe salvação ao mundo.
Lc 24.42-46 – “estas palavras eu falei estando ainda com vocês; importava que se cumprisse as Escrituras, tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre  os mortos no terceiro dia.”
E – Sua morte é pela humanidade, isto é, universal.
Esta afirmação não equivale a dizer que a morte de Jesus salva a todos, mas que salva a todos os que creem, de todos os lugares e de todos os tempos. Deus amou o mundo e enviou o seu Filho para que crendo nele não pereça.
João 3.16 – “...Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito...”
Mt 28.19 – “Fazei discípulos de todas as nações.”
2 Pe 3.9 – “...não retarda o Senhor a sua promessa como alguns o julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”

A Divindade de Jesus - Teologia Sistemática

Aula Teologia Sistemática abril de 2016



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                             A DIVINDADE DE JESUS
Jesus não era apenas plenamente humano, ele também era plenamente divino. Desde muito cedo a doutrina da igreja em sua vertente apostólica, a ortodoxia teológica definiu que o Filho do homem era também o Filho de Deus. Era plenamente humano e plenamente divino. O termo encarnação refere-se ao fato de que Jesus era Deus em forma humana. Assumiu a condição humana total, com a constituição física e psicológica plena. A encarnação, foi o ato pelo qual Deus filho assumiu a natureza humana, não deixando de ser Deus, se fez totalmente humano. Sendo perfeitamente humano, era Deus perfeito. A Bíblia revela que Jesus Cristo é plenamente homem e plenamente Deus. Ele não é metade ser humano e metade Deus. Ele é o Deus-homem. Jesus revela quem Deus é.
Textos que comprovam a divindade de Jesus.
JESUS É REVELADO COM ATRIBUTOS DIVINOS –
 Ele é eterno.
Jesus afirma sua eternidade quando diz: “antes que Abraão existisse Eu sou.” (Jo 5.58) Também quando diz: “eu sou o Alfa e o Ômega” (Ap 22.13).
João 1.1 – “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus.”
João 8.58 – “...ainda que Abraão existisse Eu Sou..”
João 17 .5 – “...glorifica-me ó Pai, contigo mesmo, com a glória que tive junto de ti antes que houvesse mundo.”
Ele é Onipresente.
Mateus 28.20 – “...estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”
Efesios 1.23 – “...a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”
 Ele é onisciente
A onisciência de Jesus é demonstrada nos seguintes textos e fatos:
- Ele conhecia os pensamentos das pessoas ( Mc 2.8).
- Ele conheça o perfil psicológico e por conseqüência as intenções das pessoas (João 1.48).
- Ele conhecia desde o princípio quem era quem entre os seus discípulos ( João 6.64).
- Ele conhece a natureza humana (João 2.25).
- Ele sabe todas as coisas (João 21.17)
João 16.30 – “...agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso cremos que, de fato, vieste de Deus.”
João 21.17 – “disse Pedro...Senhor, tu sabes todas as coisas.”
 Ele é onipotente
João 5.19 – “...tudo o que o Pai faz, o Filho também o faz.”Jesus demonstrou sua Onipotência quando acalmou a tempestade no mar com uma palavra (Mt 8.26-27).
Quando multiplicou os pães eo peixes (Mt 4.19)
Estes sinais não eram penas obra do poder do Espírito sobre Ele, como popularmente se pensa. O contexto de todos os textos onde ocorre os milagres de Jesus, deixam claro que era o poder do próprio Senhor Jesus que estava em ação.
O Espírito Santo se manifestava na vida de Jesus não como acontece conosco depois do Pentecostes. Hoje as pessoas podem ser cheias do Espírito Santo para fazer a obra de Deus, mas não da maneira como Jesus. Ele e o Espírito Santo  formavam uma unidade divina, enquanto as pessoas hoje recebem o Espírito Santo como um revestimento. As obras de Jesus manifestavam a sua glória.
João 2.11 – “...Jesus deu princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.”
Ele é imutável
Hb 1.12 – “...tu és o mesmo, os teus anos jamais terá fim.”
Hb 13.8 – “Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre.”


JESUS É APRESENTADO COM AÇÕES DIVINAS.
Ele é criador
João 1.3 – “...todas as coisas foram feitas por ele..sem ele nada do que foi feito se fez.”
Colossenses 1.16 – “...nele foram criados todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis.”
Ele é preservador, pois sustenta a criação.
Col 1.17 – ‘...nele tudo subsiste”
JESUS AGE COMO DEUS.
Perdoa pecados
Mt 9.2 – “...tem bom ânimo...estão perdoados os teus pecados.”
Lc 7.47 – “perdoados lhes são os seus pecados, porque ela muito amou.
(Foi dito a uma mulher pecadora).
Ressuscita mortos
João 5.25 – “... os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus,e os que ouvirem viverão.”
João 11.25 – “...Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim não morrerá.”
Ele não apenas ressuscita, como ressuscitou os mortos descritos nos Evangelhos, mas ele tem o poder da ressurreição, o poder total sobre a morte.
Ele executa julgamento divino.
João 5.22 – “O Pai a ninguém julga, mas ao filho confiou todo julgamento.”


 ELE SE IDENTIFICA COMO O SENHOR DO ANTIGO TESTAMENTO.
Ele usa a si mesmo, termos e atribuições que o Senhor Deus (Javé) usou no Antigo Testamento.
Eu sou
João 8.58 – “antes que Abraão existisse Eu Sou.”
Lembre-se que a expressão “Eu Sou” foi o termo com que Deus se identificou a Moisés.
Foi visto por Isaías
João 12.41 – “Isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito.” (ver desde o v.39).
Foi visto por Abraão
João 8.56 – “Abraão...alegrou-se por ver o meu dia, viu –o e regozijou-se.”

JESUS É APRESENTADO E SE APRESENTA COM NOMES DIVINOS.
Alfa e Ômega
Ap 22.13 – “Eu sou o Alfa e Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim.”
Eu Sou
João 5.8 – “antes que Abraão existisse Eu Sou.”
Emanuel
Mt 1.23 – “ele será chamado pelo nome Emanuel.
Emanuel não seria o nome próprio do Senhor, que era Jesus. Emanuel era uma referência à manifestação divina em proteger a sua terra – “El está presente na terra.”
Senhor
Mt 7.21 – “nem todo o que me diz Senhor, Senhor...”
Lc 1.43 – “de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?”
Deus
João 10.36 – O verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.”
João 20.28 – “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu.”

 JESUS É ADORADO COMO DEUS
Apocalipse 5.12 – “Digno é o cordeiro que foi morto de receber o poder; e riqueza, e sabedoria e força, e honra, e glória e louvor...Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio...”
JESUS AGE COM AUTORIDADE DE DEUS
Ele tinha uma autoridade diferente de todos os outros que falaram em nome de Deus, até mesmo dos anjos. Diferente dos profetas que declaravam “assim diz o Senhor”, ele dizia “...eu porém vos digo.”
Antes de ser crucificado ele pode dizer: “eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”
Sua autoridade é tão grande que mesmo o futuro estado de cada um depende do fato e da atitude de crer nele ou rejeitá-lo – não apenas os seus ensinamentos, mas a sua pessoa; “...quem crê no filho tem a vida eterna; o que, todavia se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas ele permanece a ira de meu Pai.” (João 3.36)
Jesus demonstrou ter a autoridade exclusiva atribuída a Deus no fato de perdoar pecados (Mc 2.5-7).

                  A IMPECABILIDADE DE JESUS
1 - A afirmação de que “Deus é Santo” é uma afirmação de uma perfeição divina; Ele não foi tornado santo, nem purificado, ele é santo em si mesmo.
Da mesma forma, o Senhor Jesus, sendo Deus, é santo em si mesmo.
2 - Uma pergunta que precisa ser respondida a respeito da vida de nosso Senhor é se ele poderia ter pecado. Em Hb 4.15 diz que ele “foi tentando em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Isto significa que ele “não era um pecador.”
3 - Na relação de Jesus com o pecado, tudo é negativo. Quando declaramos que ele se fez pecado por nós (2 Cor 5.21), estamos falando de salvação e substituição. Para que ele pudesse ser nosso substituto, ele deveria ser sem pecado, ou seja, o pecado deveria bater nele, e voltar. Deveria a maldição ser lançada sobre ele e não o amaldiçoar. O pecado não encontrou nele uma natureza receptiva, mas repulsiva.
4 - Quanto a sua pessoa ele foi tão sem pecado quanto a sua Deidade. Ele não possuía uma natureza pecaminosa. Ele foi tentado como homem, mas estas tentações não surgiram da natureza do pecado.
Nós somos tentados por nossa própria natureza, Jesus foi tentado de fora.
5 – À luz das duas naturezas de Jesus, da união das duas naturezas que a ortodoxia afirma, a afirmação mais segura é que ele não poderia pecar, não simplesmente que ele não pecaria.
6 - Ele não precisa apenas vencer o pecado, ele precisava ser sem pecado. Ele não apenas deu um exemplo de como não pecar, ele nos substituiu ao ser sem pecado. Ele sendo um ser humano, foi um representante do ser humano diante de Deus, sendo Deus e sem pecado, foi um representante perfeito de Deus junto ao ser humano.
7 - A humanidade de Cristo era perfeita, mas ele não era um filho de Adão, ele não tinha a natureza adâmica pecaminosa, e não herdou o que a teologia chama de “solidariedade da raça”, o pecado herdado. Ele não veio da semente humana, mas da divina.
8 - A natureza humana de Cristo, jamais ficaria sozinha e sem apoio da sua Deidade, devido a unidade de suas duas naturezas. Adão só tinha uma natureza sem apoio.
A natureza humana de Jesus não poderia pecar sem que Deus pecasse por causa da unidade de sua pessoa.
9 – A união das duas naturezas de Jesus é chamada “união hipostática”, o que define a perfeita união e unidade de suas duas naturezas. Esta união pressupõe a impecabilidade do Senhor Jesus, então, não basta dizer que Cristo não pecou, mas que ele não poderia pecar. Pensar que Cristo pudesse pecar, envolveria uma complicação teológica, por isso demandaria uma revolução no nosso conceito de Deidade.
O testemunho das Escrituras são conclusivos:
- Sendo homem, ele poderia ser tentado e provado em todos os pontos, mas como uma pressão externa unicamente e não como o resto da humanidade é tentada ( 1João 2.16 – “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede de Deus).” Como Adão e a raça humana desde então, no seu caso sem pecado.
- O pecado como uma natureza inerente ou como ato desejado era estranho a Cristo. O ser humano quando está lutando contra o pecado, luta contra um desejo que está dentro dele. O homem mais santo, ainda luta contra seus desejos pecaminosos. O Senhor Jesus Cristo não passou nem por um momento por esta luta. A luta do Senhor Jesus foi contra a tentação do diabo e não do desejo pecaminoso.
- Deus fez pecado por nós aquele que não conheceu pecado (2cor 5.21 – “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça por Deus.”).
Embora ele foi tentado em todos os pontos como nós, Ele foi sem pecado.
Hb 4.15 – “...ele foi tentado em todas as cosas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
- Ele foi santo, imaculado e separado dos pecadores. Ele era santo, não era santo santificado, mas santificador.
Hb 7.26 – “...nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus.”
- O grande fato, que atesta sua impecabilidade é que ele veio para tirar o pecado do mundo, salvar o seu povo de seus pecados, perdoar os pecados dos pecadores.
1 João 3.5 – “sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.”
João 1.28 – “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
Lucas 5.20 – “Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados.

As Palavra de Jesus na Cruz