Aula em junho de 2015
CRISTOLOGIA – A DOUTRINA DE CRISTO
A Cristologia, é um divisão da Teologia Sistemática que
estuda a pessoa de Cristo, buscando o que a Bíblia diz sobre sua pessoa e obra.
Sua humanidade, ofícios e divindade.
Este estudo, tratará um aprofundamento no conhecimento de
Jesus, tanto de sua natureza, como de seus propósitos, seus feitos maravilhosos
vistos por aqueles que registraram estes feitos. Também tratará dos propósitos
dos feitos redentores de Jesus, seus ensinos, sua morte e ressurreição. Nasceu da Virgem Maria..."
I – NA PLENITUDE DOS TEMPOS.
- Lucas 1.1-4; 3.1-14; Gálatas 4.4
A vinda de Jesus ao mundo, aconteceu no tempo profético anunciado nas Escrituras no Antigo Testamento e cumpriu ao plano determinado por Deus, plano este que não poderia falhar e não falhou. Tudo o que precisamos saber sobre o Senhor Jesus está registrado nas Escrituras, principalmente nos Evangelhos.
CREDO APOSTÓLICO
Creio em Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na santa igreja católica, na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
" Creio em um só Deus, Pai, todo-poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho único de Deus, gerado do Pai antes de todos os tempos, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas, o qual por nós homens e para nossa salvação desceu do Céu, e encarnou pelo Espírito Santo e da Virgem Maria e se fez homem, e por nossa causa foi crucificado, e ressurgiu de novo ao terceiro dia segundo as Escrituras, e subiu ao Céu e está sentado à mão direita do Pai, e virá de novo em sua glória para julgar os vivos e os mortos, e cujo Reino não terá fim; E no Espírito Santo, Senhor que dá vida, que procede do Pai e do Filho, e que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, e que falou pelos profetas; e numa igreja una, santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados; e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo por vir. Amém"
CREDO DE CALCEDÔNIA
Unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade;verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis;a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais transmitiu.
1 – O TEMPO E A CULTURA DO NASCIMENTO DE JESUS- Lucas 5.1-6 –
Os acontecimentos narrados no Antigo Testamento vão desde a criação até o final do século V, por volta do ano 400 a.C. Entre o fim do Antigo Testamento e o inicio dos acontecimentos do Novo Testamento, passam-se aproximadamente 400 anos, período conhecido como Interbíblico ou Intertestamental. Neste tempo, a Palestina (terra em que Jesus nasceu) passou por muitas transformações tanto política, quando social e religiosa. Neste período, os judeus (como passaram a ser chamado o povo de Israel), estiveram debaixo do jugo de vários dominadores. Primeiro da Pérsia, depois dos gregos, dos Sírios e quando Jesus nasceu eram os romanos que dominavam.
Não existia mais rei em Israel e o governo era romano, enquanto a vida religiosa, social e de política interna estavam entregues aos sacerdotes e escribas representados por um grande conselho chamado Sinédrio. Havia diversos segmentos político religiosos divididos em seitas, sendo que as principais eram os Saduceus, Fariseus, Zelotes e Herodianos.
O fato de Paulo chamar a época do nascimento de Jesus de “Plenitude dos Tempos”, não significa que aqueles eram os melhores tempos, nem o auge da história humana ou a metade da história. Significa que os tempos estavam cumpridos, isto é, o tempo determinado por Deus para a vinda do Salvador (Efesios 1.10). Não significa (apesar de alguns estudiosos pensarem assim), o tempo “Cronos” (tempo humano, do calendário), mas sim o tempo chamado “Kairós”, que é o tempo de Deus ou profético.
Mesmo assim é interessante notar, que a época, os acontecimentos históricos e consequente alguns fatos tornaram aquele tempo apropriado para a vinda de Jesus.
Alguns fatos importantes são:
1 – Monoteísmo radical
dos Judeus – Durante o Cativeiro Babilônico (598 a 536 a.C.), os judeus
aboliram definitivamente a idolatria. Criaram um sistema religioso mais rígido
e controlador por meio da criação das Sinagogas. Com a destruição do Templo e
como habitavam em outras nações, Sinagogas foram formadas em todo o Império
Romano. O apóstolo Paulo, por exemplo, geralmente começava suas pregações em
sinagogas.2 – A organização do Império Romano – Durante o governo de Roma, estradas de ligação entre as principais cidades foram construídas, com regimentos do exército nas principais cidades e com destacamentos de soldados em pontos estratégicos para garantir a segurança principalmente do comércio.
3 – Época de Paz – O Império Romano, conseguiu pacificar o mundo da época. Ainda que em muitos casos a paz fosse forçada, este período de paz, favoreceu a pregação dos primeiros cristãos.
4 – A Cultura Grega – Antes de Roma, Alexandre, o Grande disseminou a cultura grega em todo o mundo conhecido. A língua grega era falada em toda parte e foi justamente este fator da língua que favoreceu muito a expansão do evangelho. Lembre que o Novo Testamento foi escrito e pregado na língua grega.
5 – A Filosofia Grega – A inúmeras escolas filosóficas iniciadas na Grécia e seguidas pelos Romanos, levantava questões importantes sobre a vida humana e o Cristianismo oferecia repostas.
6 – A moral social – A degradação moral do Império Romano era evidente, devido à falta de uma religiosidade definida, pois os deuses gregos e depois mais ainda os romanos eram altamente promíscuos e isto refletia inevitavelmente nos seus seguidores. Quando o cristianismo chegou, a mensagem com um alto padrão moral encontrou corações sedentos por esta nova forma de vida.
2 – OS EVANGELHOS COMO FONTES DE CONHECIMENTO HISTÓRICO E DE
FÉ SOBRE JESUS.
As fontes primárias para o conhecimento da pessoa de Jesus
são os Evangelhos, registros históricos escritos por seus seguidores. Os
Evangelhos foram escritos como narrativas inspiradas por Deus e que por isso
são registros sagrados para a instrução na fé pela igreja do Senhor.Os autores dos quatros Evangelhos são Mateus, Marcos, Lucas e João. Mateus e João foram discípulos de Jesus, incluídos entre os doze mais próximos, chamados de Apóstolos. Marcos não foi um discípulo direto, mas diz a tradição antiga que ele recebeu o evangelho do Apóstolo Pedro. Lucas, também não foi um discípulo direto de Jesus, mas ele mesmo diz que fez uma pesquisa minuciosa dos fatos (Lucas 1.1), e foi um companheiro de Paulo, o último e mais importante apóstolo. Paulo, não andou com Jesus, mas o Senhor apareceu para ele, não em uma visão, mas pessoalmente (9.1-17). Depois de ter visto ao Senhor, esteve com os apóstolos em Jerusalém e continuou recebendo revelações diretas do próprio Senhor (2Cor 12.1-4). Portanto, as narrativas dos Evangelhos foram feitas por testemunhas oculares primeiro, e também por pessoas muito próximas daqueles que viram o Senhor. Estes escritos foram feitos para que a igreja tivesse material inspirado para instrução da fé aos novos discípulos em todos os tempos.
Segundo a tradição e também de acordo com as pesquisas históricas, o primeiro Evangelho a ser escrito foi o de Marcos, depois Mateus, Lucas e por último o de João. Nenhum outro documento encontrado até agora possui autoridade para que tenhamos mais conhecimentos sobre Jesus. Os documentos encontrados, como os “evangelhos apócrifos” são comprovadamente escritos depois do final do segundo século, documentos tardios, portanto. Há poucos anos atrás, foi feito a descoberta que alguns estudiosos, anunciaram como uma bomba para o cristianismo histórico, que era o “Evangelho de Judas”. Porém, este livro foi escrito no terceiro século, sem autoridade apostólica ou histórica, e a nova descoberta não trouxe absolutamente nada novo sobre o assunto.
Outra descoberta importante, foram os Manuscritos do Mar Morto, mas estes documentos são de antes de Cristo e possuem apenas textos do Antigo Testamento e escritos judaicos apocalípticos, provavelmente de uma seita conhecida como “Essênios”, que na época de Jesus não existia mais, e não são mencionados no Novo Testamento. Assim, sendo, o Evangelhos continuam sendo e sempre serão as fontes divinamente inspiradas para tudo o que precisamos saber sobre a vida de Jesus na terra.
3 – A VERACIDADE DOS EVANGELHOS.
Como cristãos bíblicos, não duvidamos da fidelidade e
historicidade dos relatos das Escrituras e os temos por verdadeiros cada
relato, palavra e narrativa dos Evangelhos.Estamos certos de que os evangelhos sãos relatos exatos da vida do nosso Senhor, reproduzindo o testemunho de homens que seguiram a Jesus e de acordo com o que está revelado nas Escrituras, este homens de caráter aprovado e testemunhado uns pelos outros são de inteira confiança no que escreveram. Além do mais, cremos, pelo testemunho da igreja histórica que estes homens não foram simples historiadores, mas o que registraram foi sob a inspiração do Espírito Santo. Nossa fé nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento, está fundamentada na verdade.
No decorrer da história, muitos críticos tem se levantado contra a veracidade dos Evangelhos, atacando sua historicidade e verdade. Outros tem se levantado dizendo que a revelação estava incompleta e que receberam uma revelação maior. Cremos, todavia que não há nem haverá outros relatos mais fiéis sobre a pessoa de Jesus do que os Evangelhos.
Os evangelhos não são uma história surgida ao acaso, mas apresenta a própria versão divina sobre o Senhor Jesus.
O nascimento de Jesus já era anunciado pelos profetas e por todo o Antigo Testamento e tudo foi cumprido pela vinda do Salvador.
A leitura dos evangelhos é uma necessidade, o obreiro não pode de foram alguma descuidar do estudo dedicado e permanente (2 Tm 3.14-17).
As Escrituras são formadas pelo Antigo e Novo Testamento e se
constituem na revelação completa do plano de Deus para o seu povo. Como é a
revelação divina, serve de luz também para os não salvos, pois é a Palavra de
Deus para todos.
O Antigo Testamento anunciava a vinda do Salvador, que era
aguardado pelo povo de Israel desde os temos mais antigos. Já em Genesis, no
jardim do Éden, o salvador foi prometido (Gn 3.15).
A vinda do Messias é esperada e anuncia em todo o Antigo
Testamento, mas entre o povo de Israel esta esperança foi desenvolvida de forma
mais forte no Cativeiro Babilônico e seguiu crescendo nos séculos seguintes
devido ao domínio de Israel pelos impérios que se sucederam.
É esta esperança que o Evangelho de Lucas destaca para
anunciar o nascimento de Jesus, tanto antes como depois.
1 – JESUS NASCEU DE UMA VIRGEM E FOI GERADO PELO ESPÍRITO
SANTO (Lc 2.1-2).
O texto diz que Maria estava desposada, ou prometida em
casamento e achou-se grávida e José não querendo envergonhá-la resolveu
deixá-la secretamente. Como o filho não era de José e ele sabia disso, ele
decidiu preservar Maria de um escândalo e quem sabe até de um apedrejamento. O
fato é que se o filho fosse de José, não seria escândalo nenhum pois o fato
dela estar “desposada”, indicava a primeira parte do casamento.
O casamento na época, era realizado de duas fases. Na
primeira fase acontecia o casamento com a presença das duas famílias. Eles
estão já estava por direito casados, mas ainda não passavam a morar juntos,
pois enquanto o noivo partia para preparar a casa, a noiva tinha um tempo para
se despedir dos pais e das amigas, que era um costume social antigo (Jz
11.37,38. Após este período, então, o noivo voltava para buscar sua esposa
definitivamente, nesta ocasião, as famílias mais abastadas realizavam uma
grande festa. Por isso não havia uma distinção entre a noiva e a esposa, pois a
noiva era a esposa e a esposa era a noiva ( Mt 25.1-10; João 14.1-3; Ap
19.7-10).
Maria, portanto, poderia estar grávida de José e só de José
que era legalmente seu marido, por esta razão, o texto diz que José decidiu
deixá-la secretamente. Neste caso, não seria Maria a mal falada, mas José, que
abandonaria sua esposa grávida. José sabendo que o filho não era seu, decidiu
agir com nobreza, pois ao invés de anunciar a suposta infidelidade da noiva,
iria ele se passar por mau caráter. Assim, foi o nascimento de Jesus, foi
gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria que ainda era virgem.
Esta é nossa fé, e por mais que até teólogos neguem este
fato, precisamos defender este ponto de nossa fé, pois é um verdadeiro dogma,
pois é assim que a Bíblia ensina.
Negar esta verdade é lançar todo o dogma da fé por terra, é
colocar toda a verdade cristã sob suspeita.
Que Jesus veio ao mundo e se fez ser humano vivendo como um
de nós é um ponto inegociável de nossa doutrina e confissão de fé.
O Credo Apostólico,
afirma: “Creio em Jesus Cristo, nascido da virgem Maria.” Esta é uma doutrina
distintiva do cristianismo.
Jesus nasceu na cidade de Belém, como havia sido profetizado
(Mt 2.6 e Mq 5.2), foi circuncidado ao oitavo dia, segundo a Lei e depois de
quarenta dia foi apresentado no Templo em Jerusalém, para se consagrado a Deus
como primogênito como também ordenava a Lei (Ex 13.2). Neste dia foi anunciado
por Simeão que o Messias havia chegado no templo.
2 – A ESPERANÇA DE SIMEÃO ERA A ESPERANÇA DE UM POVO.
Simeão que recebe Jesus no templo e o anuncia como a chegada
do tempo de redenção, representa todo o povo de Israel desde a muitos séculos.
O texto informa que ele esperava a “consolação de Israel”, isto é, a libertação
do jugo da escravidão, como um Moisés definitivo enviado pelo céu.
Não se sabe quem era Simeão, o que sabemos é que ele possuía
mais do que a esperança pelo Messias, ele possuía a revelação de Deus. Quando a
maioria dos escribas, mestres da lei e sacerdotes apenas procuravam o lado
legalista da Lei de Moisés, este ancião representava o que deveria ser a
religiosidade de Israel naquele tempo.
Ao reconhecer que a promessa divina estava se cumprindo, este
ancião pronunciou uma síntese do que o Messias iria representar.
a – O salvador foi enviado não para ser apenas o Messias
esperado por Israel, mas para ser o salvador de todos os povos. A própria
profecia anunciava este fato, pois Deus mesmo havia dito a Abrãao que nele
seriam abençoadas todas as nações.
b – Simeão também diz que ele seria luz para as nações, pois
sua obra redentora alcançou todos os povos que receberam sua Palavra de
salvação.
c – Que serviria para levantar e derrubar, pois sua mensagem
traz salvação aos que creram, mas condenação aos que o rejeitam.
d – Sinal de contradição, pois sua vida e método de salvação,
confundiu os religiosos de Israel, os poderosos do mundo, até mesmo o mundo
espiritual ( 1 Cor 1.18-29; Ef 3.10-11; 1Pe 1.10-12).
e – Uma espada transpassaria sua mãe, significa todo o
estigma ou destino para qual ele veio ao mundo, sofrer o juízo divino em lugar
dos pecadores.
3 – O MESSIAS É CRISTO, O SALVADOR DO MUNDO.
O Messias esperado pelo povo israelita já veio como foi
testificado por Simeão. O povo israelita não aceitou que Jesus fosse o Messias,
porque esperavam um libertador do jugo dominador romano.
Eles esperavam um Messias nacionalista,
mas Jesus era um mestre que surgiu ensinando justamente o contrário. O sermão
do monte, sua mensagem síntese contrariava tudo o que os judeus esperavam. Leia
a analise cada versículo para ver como cada sentença contrariava a expectativa
judaica:
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos
céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os
mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os
limpos de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os
pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os
perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois
quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo,
disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e
exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos
profetas que viveram antes de vós.” (Mt 5.3-12)
Os judeus rejeitaram a Jesus, e esperam ainda um
Messias segundo seus desejos, que os coloque como lideres de um mundo novo e de
paz.
As profecias do Antigo Testamento, entretanto, não
anunciava um messias triunfalista, mas um sofredor (ver Is 53). O messias não
era anunciado como um libertador de Israel, mas aquele que sofreria para
resgatar seu povo não do jugo nacional, mas do jugo do pecado. Era aquele que
esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15).
Era aquele que traria o próprio Deus para habitar com
o ser humano, fazendo-se um deles (Mt 1.23; João 1.14).
O Senhor Jesus, é portanto, o enviado de Deus, o
messias prometido pelo Antigo testamento que veio ao mundo com a missão de
resgatar o ser humano da condenação. Ele é a demonstração do grande amor de
Deus pelo pecador perdido (Rom 5.8; João 3.16).
Na pessoa do Jesus, todo o Antigo Testamento, todos os
símbolos da Antiga Aliança se cumprem. Todas as expressões, cerimônias e
objetos do Antigo Testamento como no Tabernáculo, eram sombras que ganhariam
cumprimento pleno no Salvador.
O judaísmo do Antigo Testamento se cumpriu plenamente
e ganhou significado no cristianismo. Não é cabível, portanto, resgatar aqueles
símbolos, uma vez que para a igreja eles não significam mais nada.
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