segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Aula - Teologia do Novo Testamento - O mundo dos espírito caídos


Aula em julho de 2015
 
 
 

Resultado de imagem para demonios no novo testamento


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Nosso próximo tema é sobre o mundo espiritual caído. A realidade do Diabo e dos demônios. Este será nosso decimo quarto assunto
 
14 - OS PODERES DESTE MUNDO TENEBROSO.

14.1 –  A EXISTÊNCIA DE UM MUNDOE ESPÍRITUAL

Todo crente, todo obreiro sabe da existência do mundo espiritual, está familiarizado com o fato da existência de demônios, principados potestades. Mas não se pode endossar toda a literatura evangélica que tende a transformar os poderes espirituais da maldade em um reino paralelo ao Reino de Deus, com tanto poder quanto este. O Novo Testamento fala destes poderes como poderes deste mundo, ou poderes que atuam neste mundo com o fim de cegar o entendimento das pessoas quando o evangelho está sendo pregado (2 Cor 4.4 – ver Ef 2.1-3; Ef 6.12).

Para entender melhor este assunto é preciso estudá-lo à luz da teologia do Novo Testamento deixando o texto bíblico falar.

14.2 - OS DEMÔNIOS
Primeiramente, o Novo Testamento fala dos demônios (Mt 8.31). Também são chamados de “espíritos” ou “espíritos impuros ou imundos” ( Mc 1.23-26;   3.11,30;  5.2,8,13;   6.7;  7.25;  9.25; Mt 10.1;  12.43;  Lc 4.36; At 5.16;  8.7;  Ap 16.13 e 18.2). A designação “imundos” diz respeito à natureza absolutamente caída destes seres.  Eles são impuros e imundo na sua constituição, na sua essência. Eles não fazem parte da redenção e são seres condenados. São “espíritos maus”(Lc 7.21;  8.2; At 19.2 ss).
Quando o evangelho é pregado eles se manifestam e possuem pessoas (Mc 1.23-26; 5.2-13; 9.17-26; Mt 4.24; 8.16; Lc 4.33-41; 7.21 etc.).

14.3 – OS DEMÔNIOS OPERAM NO SER HUMANO
Eles podem produzir mudez (Mc 9.17-25; Mt 9.32), surdez (Mc 9.25; Mt 12.22; Lc 11.14), cegueira (Mt 12.22), loucura Lc 7.33; Jo 7.20;  8.48ss; 10.20). Numa única pessoa podem habitar muitos demônios, na linguagem bíblica, uma legião (Mc 5.9;  Lc 8.2,30;  Mt 12.45; Lc 11.26). Sob a operação maligna, a pessoa possuída, pode ser tomado de uma grande força (Mc 5.3ss; Lc 8.29;  At 19.16). Uma das funções da operação maligna, é atormentar as pessoas que eles possuem (Mc 5.5; 9.18). A atuação maligna numa pessoa, quando são possuídas, pode fazer com que a pessoa perca a sua vontade própria, sendo totalmente manipulada pelos demônios (Mc 1.26; 5.3-7; 9.18-26 ver também Lc 4.25 e Mt 8.29).

14.4 – OS DEMÔNIOS OPERAM POR MEIO DE SERES HUMANOS
 Podem produzir doenças e adivinhações (Lc 13.11; At 16.16). óbvio que não podemos atribuir todas as doenças à manifestações demoníacas, embora todas as doenças sejam em última análise, obra maligna (At 10.38). Isto quer dizer que sem a operação maligna, não haveria pecado e sem pecado não haveria doença e morte (Rm 3.23;  5.12).

14.5 – AS OPERAÇÕES E MANIFESTAÇÕES MALIGNAS ACONTECEM NUM CONTEXTO DE CONFRONTO DO ANUCIO DA CHEGADA DO REINO DE DEUS
Veja que todos estes acontecimentos se dão num contexto de confronto com a pessoa do filho de Deus. Mesmo em Atos, as manifestações demoníacas se dão como oposição à chegada do Evangelho numa localidade. A chegada do Reino de Deus provoca a reação maligna. É neste contexto que estas manifestações devem ser vistas.

14.5 – AS LIMITAÇÕES DO PODER DOS DEMÔNIOS
Oberve também que nenhum texto bíblico, porém, menciona ou dá a entender que os demônios levam as pessoas a praticarem atos imorais ou pecado. Estas são atitudes fruto da natureza caída do ser humano. Os demônios e mesmo o diabo, induzem e seduzem as pessoas para pecarem, mas nunca elas pecam porque estão endemoninhadas. Elas pecam porque são levadas a isso pela própria cobiça e concupiscência (Tg 1.14-15). Os demônios ou mesmo o diabo, o maioral dos demônios, são encarregados de levar as pessoas que morrem condenadas para o inferno. Nada na Bíblia indica isto. Quem controla o mundo dos mortos é Deus e não o diabo (Ap 1.18).

14.6 – A AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS
O Senhor Jesus expulsa os demônios unicamente pela sua palavra, simples, mas poderosa (Mc 1.25-34; 5.2-3; Mt 12.22-28; 15.28; Lc 4.35; 6.18; 11.14-20). Este fato é a demonstração de que o Reino de Deus chegou com a pregação do evangelho (Mt 12.28; Lc 11.20). Os demônios se manifestam com a chegada do evangelho, porque eles reconhecem  a Jesus como o enviado de Deus (Mc 1.24-34; 3.11; 5.7). Assim como a salvação futura já é chegada aos filhos de Deus, o tormento dos demônios já começa com a chegada do salvador entre as pessoas (Mc 1.24; 5.7).
Aqueles que pregam o evangelho, sentirão também a oposição dos demônios, mas também os discípulos de Jesus podem expulsar demônios ( Mc 6.7-13; Lc 10.17-20; Lc 11.9; At 5.17; 8.7; 16.16-18).

14.7 – O CULTO AOS DEMÔNIOS
O culto das religiões pagãs é na verdade aos demônios (1Cor 10.20ss; Ap 9.20), pois a participação nestes cultos leva não à comunhão com o Deus verdadeiros, mas com falsos deuses que são representações de demônios, ou seja, espíritos malignos. Não é intenção destes espíritos levar as pessoas ao conhecimento do Deus verdadeiro, logo, eles são chamados de “espíritos do engano”, pois afastam as pessoas da verdadeira fé e as levam às falsas doutrinas de demônios (1Tm 4.1; 1 João 4.6).

14.8 – A LUTA CONTRA OS DEMÔNIOS
A luta do crente contra os espíritos malignos tem este propósito, resisti-los na pregação do evangelho (Ef 6.10-18). Esta luta não é travada apenas na evangelização, mas também na igreja, pois há um empenho das trevas em levar pessoas à apostasia da sã doutrina (1Tm 4.1; 1João 4.1-6; Ap 16.13ss).

14. 9 – A NATUREZA DOS ESPÍRITOS DO MUNDO ESPIRITUAL
Além destes espíritos que agem especialmente na oposição ao evangelho, o apóstolo Paulo desenvolve um pensamento profundo na compreensão do mundo espiritual. Há espíritos bons atuando no mundo e há espíritos maus. Os bons são aqueles que são fieis a Deus e são chamados de “anjos eleitos” (1 Tm 5.21). A palavra “anjo” significa “mensageiro”. Eles são espíritos que estão a serviço de Deus, logo são enviados por ele, inclusive para de alguma forma “servir aos que herdam a salvação”, isto é, os crentes em Jesus (Hebreus 1.13-14). Eles de alguma forma eram intermediários na comunicação da Lei (Gl 3.19 e Hebreus 2.1-2).  De alguma forma eles observam atentamente os crentes e especialmente o culto (1Cor 4.9;  11.10; 1Tm 5.21). Eles estavam presentes no nascimento de Jesus (Lc 1.27-28; 2.9-15). Eles estavam presentes na ressurreição do Senhor ((1Tm 3.16). Eles acompanharão o Senhor na sua volta (2TS 1.7).

15 - O DIABO
15.1 – O MAIOR DOS DEMÔNIOS
O Novo Testamento fala que os demônios possuem um maioral entre eles – Ele é chamado de Satã ou Satanás, que significa opositor. Também Diabo, que significa adversário. Também é chamado Belzebu (Mc 3.22-26; Lc 8.11ss; 13.11-16; Ef 6.11ss).  Ele é  maior adversário por isso é chamado de diabo (adversário), o maioral dos demônios.

15.2 – O ADVERSÁRIO
Não sendo um adversário para Deus, por não se tratar de um “deus do mal”, isto quer dizer que ele não é igual a Deus, mas é criatura de Deus, logo tudo o que ele tem ou é – depende de certa forma – de Deus para ter e ser. A sua existência e atuação é debaixo da permissão e autoridade divina, estando sujeito a Cristo (Col 1.16-17). Ele, então é o diabo (Ef 4.27; 6.11; 1Tm 3.7). Ele é chamado de Satanás (tentador), o príncipe das potestades (autoridades) do ar (Ef 2.2).

15.3 – A ESFERA DE ATUAÇÃO E AS CILADAS DO DIABO
 Ele é o deus deste século ou sistema (2Cor 4.4). Ele é o tentador, aquele que procura afastar as pessoas de Deus, e lança aflições àqueles que ouvem o evangelho, tentando que blasfemem a Deus (1Ts 3.5). Ele tenta impedir os pregadores de anunciar o evangelho (1 Ts 2.18). Ele é o responsável pelo surgimento de falsos apóstolos que pervertem o verdadeiro evangelho (2Cor 11.14). Ele arma ciladas contra o povo de Deus, quando estes estão empenhados na evangelização do mundo (Eg 6.10-18).

15.4 – ATÉ ONDE O DIABO PODE IR
 Ele tenta de todas as formas frustrar os planos de Deus, fazendo com que um sistema sustentado e inspirado por ele faça oposição ao avanço do reino de Deus (2 Ts 2.4-10). Ele age com sua malignidade até o ponto de causar aflições a um pregador do evangelho (2Cor 12.7). Porém, ele tem um destino certo, no final será esmagado debaixo dos pés dos redimidos (Rm 16.20).

 

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