BLOG DE SERMÕES - https://catequesemissional.blogspot.com.br/
Nosso próximo tema é sobre o mundo espiritual caído. A realidade do Diabo e dos demônios. Este será nosso decimo quarto assunto
14 - OS PODERES DESTE
MUNDO TENEBROSO.
14.1 – A EXISTÊNCIA DE UM MUNDOE ESPÍRITUAL
Todo crente, todo
obreiro sabe da existência do mundo espiritual, está familiarizado com o fato
da existência de demônios, principados potestades. Mas não se pode endossar
toda a literatura evangélica que tende a transformar os poderes espirituais da
maldade em um reino paralelo ao Reino de Deus, com tanto poder quanto este. O
Novo Testamento fala destes poderes como poderes deste mundo, ou poderes que
atuam neste mundo com o fim de cegar o entendimento das pessoas quando o
evangelho está sendo pregado (2 Cor 4.4 – ver Ef 2.1-3; Ef 6.12).
Para entender melhor
este assunto é preciso estudá-lo à luz da teologia do Novo Testamento deixando
o texto bíblico falar.
14.2 - OS DEMÔNIOS
Primeiramente, o Novo
Testamento fala dos demônios (Mt 8.31). Também são chamados de “espíritos” ou
“espíritos impuros ou imundos” ( Mc 1.23-26;
3.11,30; 5.2,8,13; 6.7;
7.25; 9.25; Mt 10.1; 12.43;
Lc 4.36; At 5.16; 8.7; Ap 16.13 e 18.2). A designação “imundos” diz
respeito à natureza absolutamente caída destes seres. Eles são impuros e imundo na sua
constituição, na sua essência. Eles não fazem parte da redenção e são seres
condenados. São “espíritos maus”(Lc 7.21;
8.2; At 19.2 ss).Quando o evangelho é pregado eles se manifestam e possuem pessoas (Mc 1.23-26; 5.2-13; 9.17-26; Mt 4.24; 8.16; Lc 4.33-41; 7.21 etc.).
14.3 – OS DEMÔNIOS
OPERAM NO SER HUMANO
Eles podem produzir
mudez (Mc 9.17-25; Mt 9.32), surdez (Mc 9.25; Mt 12.22; Lc 11.14), cegueira (Mt
12.22), loucura Lc 7.33; Jo 7.20;
8.48ss; 10.20). Numa única pessoa podem habitar muitos demônios, na
linguagem bíblica, uma legião (Mc 5.9;
Lc 8.2,30; Mt 12.45; Lc 11.26).
Sob a operação maligna, a pessoa possuída, pode ser tomado de uma grande força
(Mc 5.3ss; Lc 8.29; At 19.16). Uma das
funções da operação maligna, é atormentar as pessoas que eles possuem (Mc 5.5;
9.18). A atuação maligna numa pessoa, quando são possuídas, pode fazer com que
a pessoa perca a sua vontade própria, sendo totalmente manipulada pelos
demônios (Mc 1.26; 5.3-7; 9.18-26 ver também Lc 4.25 e Mt 8.29).
14.4 – OS DEMÔNIOS
OPERAM POR MEIO DE SERES HUMANOS
Podem produzir doenças e adivinhações (Lc
13.11; At 16.16). óbvio que não podemos atribuir todas as doenças à
manifestações demoníacas, embora todas as doenças sejam em última análise, obra
maligna (At 10.38). Isto quer dizer que sem a operação maligna, não haveria
pecado e sem pecado não haveria doença e morte (Rm 3.23; 5.12).
14.5 – AS OPERAÇÕES E
MANIFESTAÇÕES MALIGNAS ACONTECEM NUM CONTEXTO DE CONFRONTO DO ANUCIO DA CHEGADA
DO REINO DE DEUS
Veja que todos estes
acontecimentos se dão num contexto de confronto com a pessoa do filho de Deus.
Mesmo em Atos, as manifestações demoníacas se dão como oposição à chegada do
Evangelho numa localidade. A chegada do Reino de Deus provoca a reação maligna.
É neste contexto que estas manifestações devem ser vistas.
14.5 – AS LIMITAÇÕES
DO PODER DOS DEMÔNIOS
Oberve também que nenhum
texto bíblico, porém, menciona ou dá a entender que os demônios levam as
pessoas a praticarem atos imorais ou pecado. Estas são atitudes fruto da
natureza caída do ser humano. Os demônios e mesmo o diabo, induzem e seduzem as
pessoas para pecarem, mas nunca elas pecam porque estão endemoninhadas. Elas
pecam porque são levadas a isso pela própria cobiça e concupiscência (Tg
1.14-15). Os demônios ou mesmo o diabo, o maioral dos demônios, são
encarregados de levar as pessoas que morrem condenadas para o inferno. Nada na
Bíblia indica isto. Quem controla o mundo dos mortos é Deus e não o diabo (Ap
1.18).
14.6 – A AUTORIDADE
SOBRE OS DEMÔNIOS
O Senhor Jesus
expulsa os demônios unicamente pela sua palavra, simples, mas poderosa (Mc
1.25-34; 5.2-3; Mt 12.22-28; 15.28; Lc 4.35; 6.18; 11.14-20). Este fato é a
demonstração de que o Reino de Deus chegou com a pregação do evangelho (Mt
12.28; Lc 11.20). Os demônios se manifestam com a chegada do evangelho, porque
eles reconhecem a Jesus como o enviado
de Deus (Mc 1.24-34; 3.11; 5.7). Assim como a salvação futura já é chegada aos
filhos de Deus, o tormento dos demônios já começa com a chegada do salvador
entre as pessoas (Mc 1.24; 5.7).Aqueles que pregam o evangelho, sentirão também a oposição dos demônios, mas também os discípulos de Jesus podem expulsar demônios ( Mc 6.7-13; Lc 10.17-20; Lc 11.9; At 5.17; 8.7; 16.16-18).
14.7 – O CULTO AOS DEMÔNIOS
O culto das religiões pagãs é na verdade aos demônios (1Cor
10.20ss; Ap 9.20), pois a participação nestes cultos leva não à comunhão com o
Deus verdadeiros, mas com falsos deuses que são representações de demônios, ou
seja, espíritos malignos. Não é intenção destes espíritos levar as pessoas ao
conhecimento do Deus verdadeiro, logo, eles são chamados de “espíritos do
engano”, pois afastam as pessoas da verdadeira fé e as levam às falsas
doutrinas de demônios (1Tm 4.1; 1 João 4.6).
14.8 – A LUTA CONTRA OS DEMÔNIOS
A luta do crente contra os espíritos malignos tem este
propósito, resisti-los na pregação do evangelho (Ef 6.10-18). Esta luta não é
travada apenas na evangelização, mas também na igreja, pois há um empenho das
trevas em levar pessoas à apostasia da sã doutrina (1Tm 4.1; 1João 4.1-6; Ap
16.13ss).
14. 9 – A NATUREZA DOS ESPÍRITOS DO MUNDO ESPIRITUAL
Além destes espíritos que agem especialmente na oposição ao
evangelho, o apóstolo Paulo desenvolve um pensamento profundo na compreensão do
mundo espiritual. Há espíritos bons atuando no mundo e há espíritos maus. Os
bons são aqueles que são fieis a Deus e são chamados de “anjos eleitos” (1 Tm
5.21). A palavra “anjo” significa “mensageiro”. Eles são espíritos que estão a
serviço de Deus, logo são enviados por ele, inclusive para de alguma forma
“servir aos que herdam a salvação”, isto é, os crentes em Jesus (Hebreus
1.13-14). Eles de alguma forma eram intermediários na comunicação da Lei (Gl
3.19 e Hebreus 2.1-2). De alguma forma
eles observam atentamente os crentes e especialmente o culto (1Cor 4.9; 11.10; 1Tm 5.21). Eles estavam presentes no
nascimento de Jesus (Lc 1.27-28; 2.9-15). Eles estavam presentes na
ressurreição do Senhor ((1Tm 3.16). Eles acompanharão o Senhor na sua volta
(2TS 1.7).15 - O DIABO
15.1 – O MAIOR DOS DEMÔNIOS
O Novo Testamento fala que os demônios possuem um maioral entre eles – Ele é chamado de Satã ou Satanás, que significa opositor. Também Diabo, que significa adversário. Também é chamado Belzebu (Mc 3.22-26; Lc 8.11ss; 13.11-16; Ef 6.11ss). Ele é maior adversário por isso é chamado de diabo (adversário), o maioral dos demônios.
15.2 – O ADVERSÁRIO
Não sendo um
adversário para Deus, por não se tratar de um “deus do mal”, isto quer dizer
que ele não é igual a Deus, mas é criatura de Deus, logo tudo o que ele tem ou
é – depende de certa forma – de Deus para ter e ser. A sua existência e atuação
é debaixo da permissão e autoridade divina, estando sujeito a Cristo (Col
1.16-17). Ele, então é o diabo (Ef 4.27; 6.11; 1Tm 3.7). Ele é chamado de
Satanás (tentador), o príncipe das potestades (autoridades) do ar (Ef 2.2).
15.3 – A ESFERA DE ATUAÇÃO
E AS CILADAS DO DIABO
Ele é o deus deste século ou sistema (2Cor
4.4). Ele é o tentador, aquele que procura afastar as pessoas de Deus, e lança
aflições àqueles que ouvem o evangelho, tentando que blasfemem a Deus (1Ts
3.5). Ele tenta impedir os pregadores de anunciar o evangelho (1 Ts 2.18). Ele
é o responsável pelo surgimento de falsos apóstolos que pervertem o verdadeiro
evangelho (2Cor 11.14). Ele arma ciladas contra o povo de Deus, quando estes
estão empenhados na evangelização do mundo (Eg 6.10-18).
15.4 – ATÉ ONDE O
DIABO PODE IR
Ele tenta de todas as formas frustrar os
planos de Deus, fazendo com que um sistema sustentado e inspirado por ele faça
oposição ao avanço do reino de Deus (2 Ts 2.4-10). Ele age com sua malignidade
até o ponto de causar aflições a um pregador do evangelho (2Cor 12.7). Porém,
ele tem um destino certo, no final será esmagado debaixo dos pés dos redimidos
(Rm 16.20).
Nenhum comentário:
Postar um comentário