quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Aula - Teologia Prática nº 04 - O pecado, a igreja e a oração


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Teologia Prática - aula em outubro de 2015










Minhas próximas proposições tratam do pecado, a igreja e importância da oração.

11 - TENHA UMA VISÃO CLARA E BÍBLICA DO PECADO
Salmo 51.1-17
O pecado sempre é contra Deus.
Geralmente, quando se fala em pecado, ou em seu pecado, se fala em principalmente “errar o alvo”, e esse é o principal significado, mas na sua essência, o pecado é uma ofensa contra a santidade de Deus. O pecado nos afastou de Deus, nos condenou para sempre. Deus não pode perdoar o pecador, pois o pecado não tem justificativa. Deus não poderia nos perdoar, pois o pecado é uma afronta a sua glória (Rom 3.23; 6.23).
O salmista aqui ele apela para aquele a quem o pecado se dirige – Deus.
Ele apela para a benignidade e misericórdia do Senhor v.1
Ele reconhece a gravidade de seu pecado vs 2,3
Ele reconhece que o pecado é mais do que um ato mau, é uma ofensa contra Deus v.4
Ele reconhece sua verdadeira condição v.5
Ele reconhece a justiça santa de Deus v.6
Ele reconhece que necessita de uma transformação radical vs 7-12
Ele se propõe a mudar suas atitudes de vida vs.13 -16
Ele conhece bem o que Deus exige dos pecadores vs.17

É por isso que todos nós precisamos da salvação, pois todos sem Cristo estão perdidos. Jesus Cristo é o nosso salvador único e pessoal, único e suficiente, pois ele se ofereceu como sacrifício.
o pecado é o grande nivelador de todos nós, pois todos pecamos, todos estamos no mesmo nível, todos fomos salvos pelo mesmo salvador, justificados pela mesma justificação, por isso não há lugar para arrogância ou merecimentos ou supostas obras ou comportamentos justificadores (Rom 3.19-26).
Ninguém pode considerar-se melhor, de uma categoria ou raça superior. Todos somos pecadores.
As Escrituras afirmam que todos pecaram e que o pecado nos fez cativos, habitando em nós, mantendo-nos sob seu domínio (Rom 3.23; João 8.34; Rom 6.20; 7.17-23). 
Portanto, negar a nossa condição de pecadores é negar a própria Palavra de Deus. Não ser consciente de pecado algum é na verdade o pior pecado de todos os pecados (1João 1.10).
O pecado afasta o ser humano de Deus e o coloca em condição, em estado de perdição. 
O pecado lançou o ser humano em um estado de miséria  espiritual, existencial e moral contra o qual nada pode fazer (Ef 2.9; Gl 2.16; Mt 19.25,26).
Esta condição, é preciso crer e pregar permanece até que Jesus Cristo o salve, por isso, a necessidade de crer em Cristo e em sua obra na cruz.
Deus só pode nos perdoar e nos perdoa, porque Cristo ofereceu a si mesmo como oferta e satisfação (propiciação), para perdoar (expiar) nossos pecados ( Rom 5.1-10; Ef 1.7; Hebreus caps 9,10 ; 2; Tm 2.10).
Vejamos as conclusões que podemos chegar:
a)     Este perdão que foi gratuito para o pecadores, custou um alto preço para Cristo que ofereceu-se na Cruz em nosso lugar.
b)     A menor de nossas ofensas à santidade de Deus só se tornou possível, porque Cristo cumpriu as mais exigentes condições da justiça de Deus.
c)     Ele em sua encarnação e sua perfeita obediência à lei e na cruz nos substituiu diante de Deus.
d)     O perdão que é absolutamente gratuito ao pecador teve um alto custo para o salvador.
e)     Devemos levar a sério o pecado, ser gratos a Deus por sua graça, pois sem o sacrifício de Jesus, não haveria o perdão para nossos pecados.
Mas a graça de Deus entrou em ação e se manifestou (Tt 2.11; Rom 5.12-21; 1 João 3.8).
A graça de Deus é mais forte do que a obra pecaminosa; a vida é mais forte do que a morte ( Rom 5.12-15; 1Cor 15.20-58).
As lições são claras:
a)      A graça foi mais forte do que o pecado.
b)     A obra de Cristo suplantou o pecado e aquele que crê é absorvido e por isso absolvido pela justiça de Cristo.
A maldição de Adão é destruída pela obra de Cristo na cruz.

 12 -  LEVE A SÉRIO A IGREJA, POIS ELA É A COMUNIDADE DOS SALVOS
A igreja é a comunidade dos salvos e da salvação e somente compreende o que é a igreja, quem sabe quem é Cristo.
A igreja sempre foi o “Plano A” de Deus, ela é o mistério dos séculos (Ef 1.1-23; 2.20-22; 3.1-11). A igreja é interprete da verdade, pois prega a verdade recebendo luz do Esp
írito Santo para isso.
O termo igreja é Ekklesia ou, a comunidade chamada por Deus à salvação.
A igreja é formada por aquelas pessoas que professam a Cristo como Senhor (At 5.11; 1Cor 11.18; Rom 16.4; 1Cor 10.32; 11.11; 12.28; Ef 1.22; 3.10,21; 5.23-32; Hb 12.23).
Com base nisso podemos afirmar:
a)     O que distingue ou caracteriza a verdadeira igreja é a sua proclamação do Evangelho.
b)     A igreja que prega o Evangelho de Jesus Cristo com base na doutrina apostólica é verdadeira igreja,
c)     A igreja é a reunião dos que crêem em Cristo e em sua obra perfeita e completa pelos pecadores. Dos que pregam o Evangelho ao mundo e vivem o evangelho no mundo.
d)     Três elementos não podem faltar à igreja: A palavra, Cristo e o pecadores.
A igreja é o povo de Deus e deve apresentar quatro marcas que são: unidade, santidade, catolicidade (ou seja, deve ser formada por todos os tipos de pessoas) e apostolocidade (deve se fundamentar na doutrina dos apóstolos). A doutrina dos apóstolos se fundamenta na principal marca, sem a qual não há igreja, que é Cristo.
Calvino afirmou que “a verdade só é preservada no mundo através da pregação da igreja. Vemos aí o peso da responsabilidade que repousa sobre os pastores, a quem se tem confiado o encargo de um tesouro tão inestimável (Ef 4.10-16; 2 Cor 5.18-19; 2 Tm 4.1-22).
Vejamos a responsabilidade que pesa sobre pastores e pregadores:
a)     Os pastores falam e pregam em nome da igreja, por isso não podem se corromper, pois a corrupção deles, é a corrupção da igreja. A corrupção deles corrompe a igreja.
b)     Os pastores precisam pregar a todo custo o verdadeiro evangelho, pois a pregação de falsa doutrina na igreja, leva à corrupção do Evangelho.
c)     Os pastores devem zelar pela doutrina apostólica, ou seja, a mensagem da morte e ressurreição de Jesus, não permitindo que nada estranho seja adicionado à integra doutrina do Evangelho.
d)     A doutrina verdadeira prevalece sempre que pastores e pregadores qualificados desempenham com seriedade sua função que é pregar a Palavra.
A principal missão da igreja é a pregação do Evangelho. É pela pregação que os pecadores são salvos. A igreja precisa pregar a aplicar fielmente a Palavra.
A igreja em sua reunião para cultuar a Deus deve ter como centro a pregação da Palavra de forma fiel.

13 -  NÃO DEIXE DE ORAR
A verdadeira oração é feita com o auxilio do Espírito Santo que faz com que nossas orações tenham sentido. A oração eficaz, portanto, é a que tem o Espírito Santo como autor. Ele nos capacita a pedir como convém e sem o seu auxilio jamais oraríamos com discernimento. Ele também nos leva a orar de acordo com a vontade do Pai.
A oração genuína é sempre precedida do senso de necessidade e da fé autentica nas promessas do Senhor. Todos os que estão em Cristo têm este espírito de oração (Rom 8.26; Zc 12.10).
A oração deve ser uma prática constante e diária para todo cristão. Deve-se ter a prática de separar momentos especiais onde você vai estar a só com Deus. É pela oração que acalmamos nosso coração, pois enquanto oramos, nossa fé é exercitada; nossas ansiedades são curadas e nosso coração aquietado. É pela oração que nos sentimos na presença do Pai (Fp 4.6-7).
Algumas práticas importantes da oração.
a)     A intercessão, que é a oração por outros irmãos.
b)     A concordância, que é a oração com outros irmãos.
Uma outra prática importante, é cultivar sempre o espírito de oração, que manter o pensamento sempre unido com o Senhor, agradecendo, louvando, falando com o Senhor sobre todos os assuntos, pensamentos, desejos, projetos, angustias e sentimentos.
Ora melhor quem ora sempre, em todo tempo e o tempo todo.
Precisamos ter em mente que a oração é exercício de fé na providência de Deus.
A oração é prova de fé, pois nenhum incrédulo ora.
Nenhuma oração, portanto, é oferecida a Deus em vão. É a vontade de Deus que oremos, então toda oração é feita de acordo com a vontade de Deus (Sl 65.2).
Podemos por isso afirmar:
a)     Saber que Deus é fiel e recebe nossas orações, é um incentivo à oração constante e perseverante.
b)     Nossas orações terão sempre como fundamento a certeza de que Deus age e sempre agirá em resposta às nossas orações.
c)     A oração deve ser feita com fé, mas orar já é exercitar a fé.
Existem muitas pessoas que tentam colocar regra nas orações, impondo condições, fazendo formulas, dogmatizando o máximo, uma pratica que deveria ser muito simples.
A oração é simples e deve ser simples sempre. Não precisamos fazer um curso de oração para que possamos aprender a orar melhor. Ora melhor quem ora. Orar é simplesmente orar (Sl 31.1-5).
Quando oramos buscamos o Pai. Este é o sentido primário e genuíno da oração. Não estamos, através da oração em busca de recompensas humanas: aplausos, alto conceito e respeito de nossa devoção e piedade (Mt 6.5-6).
Na oração não estamos expondo nossa fé aos outros, nem fazendo uma demonstração de quão espiritual somos.
Muitas orações que ouvimos hoje, não parecem em nada com a oração do publicano, mas são aprendidas com o fariseu da parábola contada pelo Senhor Jesus (Lc 18.9-14).
O que podemos destacar então:
a)     A oração em primeiro lugar, deve ser baseada em nossas necessidades e não em nossos desejos de luxos.
b)     Nossas orações não devem ter conteúdo nem caráter exortativo ou demonstrativo.
c)     Nossas orações não devem ser como aqueles que ao orar expõe não seus pedidos e suas necessidades, mas seus conceitos bíblicos para exortar e demonstrar aos outros seus dotes espirituais.
d)     Oramos ao Pai para de fato falar com ele, colocando com fé diante de seu trono de graça nossas necessidades.
e)     A oração deve ter como prioridade a vontade de Deus para nós e não nossos desejos e vontades egoístas.
A nossa oração não é para impor nossos desejos a Deus, nem para informar a Deus nossas necessidades como se ele não soubesse. Não é para mudar o que Deus pensa a nosso respeito. Não é também para “convencer” ou “persuadir’ a Deus para que nos abençoe.  Deus sabe tudo a nosso respeito, inclusive o que vamos orar (Mt 6.8).
O que aprendemos então:
a)     Orar é entregar confiantemente o futuro a Deus, a fim de que ele concretize sua eterna e santa vontade em nós.
b)     Ao entregar nosso futuro a Deus, estamos confiando plenamente e exercitando nossa fé no cuidado amoroso do Senhor.
c)     A oração revela nosso desejo de que a vontade dele se realize em nós e através de nós.
d)     A oração nos coloca debaixo da mão poderosa do Senhor.
e)     A oração parte da certeza de que o Pai nos ouve.
A oração parte sempre da certeza de que é Deus quem nos provê o sustento através de nosso trabalho. A oração não exclui o trabalho, antes o pressupõe. A oração e a confiança na providência de Deus não descarta nossa obediência, pois orar pressupõe e nos leva à obediência.
Outra verdade também, é  que uma vez que a oração pressupõe o trabalho, também é verdade que em ocasiões e circunstâncias peculiares, quando faltar o trabalho, por algum motivo extraordinário, privação ou crise, Deus pode nos sustentar também, através da oração.
A oração também deve ter a marca da perseverança, que é a prática da espera e da paciência. Orar também é esperar em Deus. Orando se aprende a esperar (Sl 40.1,2).
O poder de Deus é algo concreto e real na vida diária, no sustento e na preservação. Ele faz isso movido por seu amor cuidadoso.
Essa compreensão de fé deve guiar a nossa vida neste mundo, sabendo que o Senhor soberano tem o controle de todas as coisas. Deus se agrada quando seus filhos, oram com confiança, firmados em sua promessa, certos de seu cuidado (Sl 55.22; 1Pe 5.7; 1Ts 5.17).

As lições são as seguintes:
a)     Deus estabeleceu a oração não por sua causa, mas por atenção a nós.
b)     A oração é nossa oportunidade de falar com o Pai.
c)     Orar sempre é prova de que desejamos ser cuidados pelo Pai.
d)     Orar sempre é prova de que amamos falar com o Pai.
e)     Orar sempre mais, é prova de nossa fé.


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