quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Aula - Teologia Prática nº 05 - Como viver no mundo até a Volta de Jesus

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Aula de Teologia Prática em outubro de 2015
 
Hoje vamos para a última aula deste curso sobre Teologia Prática e vamos às últimas proposições.
14 – COMO VIVER NO MUNDO
Quem  segue a Jesus, não deve ser apegado ao mundo, amar ao mundo ou desejar o mundo e seu estilo de vida. O amor às coisas do mundo se traduz em ganância, rejeição à simplicidade, orgulho, vaidade e o sempre “correr atrás” para ter com a intenção de ostentar coisas diante dos outros. Este não é o estilo de vida do cristão que deve ser de maneira (Tt 2.12-13; 1 JOÃO 2.15-17)
Amar o mundo é apegar-se aquilo que achamos que precisamos para ser feliz independente de Deus. Quem ama o mundo não tem o amor do Pai. O que é o mundo? O mundo não é o  mundo material apenas, mas também o mundo ideal. Porque o mundo real, as pessoas são amadas por Deus, o mundo ideal não é amado por Deus. O que é o mundo ideal?
É aquilo que existe e domina o mundo. Os desejos pecaminosos da carne, olho grande (olhos cheios de desejos pecaminosos e vida orgulhosa. É isto que Deus não se agrada. Esta é a vida mundana.
Porque o seguidor de Jesus não deve amar o mundo ou seja as coisas que estão no mundo;
a)     Porque o amor pelas coisas que tem no mundo e o amor pelo pai são incompatíveis..
Deus se coloca contra os pecados e os valores do mundo. É impossível amar e servir a Deus e ao mesmo tempo amar aquilo que Ele odeia e se opõe. “não é possivel servir a dois  senhores...” (Mt 6.24).
Desejos pecaminosos da carne – é uma vida dominada pelos desejos. Ser um glutão na comida, sexo fora do casamento, imoral, egoísta no uso das posses, desejo de vingança etc.
Olhos pecaminosos – se refere ao querer sempre mais, no que se refere a aparência da casa, ao segundo carro, a uma segunda casa, querer mais status, ter coisas igual as dos outros.
Estas coisas o seguidor de Jesus não deve amar, nem desejar.
Vida orgulhosa – é pensar ser mais do que é. E querer ser mais ou melhor do que os outros. É pensar ser melhor do que os outros. Isto é a vida mundana, segundo a Bíblia.
b)     Porque o que está no mundo é transitório e leva à destruição e ao afastamento da vida espiritual.
Os valores do mundo são passageiros. Colocar nossas esperanças neste estilo de vida é uma estupidez. Tudo o que fazemos, devemos fazer no estilo da vida de Jesus. Do exemplo de Jesus. Até mesmo uma vida no estilo “evangélica “ pode ser mundana. Por isso trabalhar, namorar, casar, viajar, olhar tv, ir ao cinema, tudo é permitido – mas no estilo que agrada a Deus.
Até a leitura da Bíblia pode ser feito mundanamente. Até uma oração na praça pode ser mundana. Até uma oração por uma refeição e um restaurante pode ser mundana. Até um culto, até um louvor pode ser mundanismo.
15– AGUARDE DE FORMA VIGILANTE A VOLTA DE JESUS
Nós como igreja do Senhor, vivemos neste mundo, mas nossa mais esperança e expectativa é pela volta do Senhor Jesus. Vivemos no mundo, mas ao mesmo tempo a igreja é onde o Reino de Deus tem sua expressão e agência.
Viemos no reino, já desfrutando de sua realidade e presença, aguardando contudo, o regresso de Cristo, quando ele dará inicio a uma nova época, decorrente da anterior; e era da consumação do reino.
Todos os que estão em Cristo usufruem das bênçãos do reino de Deus, esperando, entretanto, a consumação do reino.
Vivemos entre as duas vindas de Cristo. Vivemos a tensão do “Já’ e do “Ainda Não.” Entre o “já” que é a realidade presente e o “ainda não” que é a nossa bendita esperança.
O “já’ é o que vivemos agora, nossa posição em Cristo e nossa ação no mundo, pregando o evangelho e desfrutando de todas as bênçãos espirituais (Ef 1.2-3).
O “ainda não” é o que esperamos, o que ainda está por vir, que é tudo aquilo que Deus preparou para nós (1Cor 2.9).
O que a igreja desfruta agora é deleite, a satisfação antecipada de toda a glória futura a ser plenamente revelada e revelada plenamente na volta do Senhor Jesus.
Vivemos “o agora” do reino desfrutando e compartilhando suas bênçãos e o que temos e vivemos agora são as primícias do espírito, e são amostras e vislumbres da colheita futura (Rom 8.23).
O “já” que vivemos agora nos fala da nossa salvação passada (a justificação), da nossa salvação presente (a santificação) e também da nossa salvação futura (a glorificação). Esta em essência o “já” e o “ainda não” (Rom 8.23-24).
Esta tensão abençoada e abençoadora, nos revela as bênçãos futuras que agora apenas vislumbramos pela fé e que já desfrutamos de maneira embrionária.
Vivemos agora, portanto, no reino, mas anelamos a sua manifestação completa na vinda plena e fina, na consumação do reino, na vinda de Cristo, que será um evento real e definitivo para cumprimento de todo o plano do Pai.
Agora estamos no mundo, mas fazemos parte da igreja, que é uma comunidade diferente do mundo. O mundo quer construir a si mesmo e o seu futuro é baseado em um desejo de consumo, auto-satisfação e orgulho.
A cidade dos homens é humana e decadente apesar de toda aparência de glória. A cidade de Deus é gloriosa e está sendo construída em cima dos alicerces da humildade e necessidades presentes de seu povo. Mas é cristo quem a constrói, e a nossa fé almeja e antecipa esta realidade (Hb 11.10).
Como igreja, o que temos agora nós satisfaz, porque sabemos que nossa verdadeira pátria está nos céus, onde o Deus tem preparado coisas incomparavelmente melhores. Somos projetados para a eternidade. Cristo nos salvou para a eternidade. O tempo e o mundo, as coisas do presente, as circunstâncias e o sistema do mundo, não substituem a glória que esperamos (Rom 8.18; 1Cor 15.19; Fp 1.23; 3.20; Hb 11.14-16).
Na prática isto significa:
a)     No “Já” militamos ativamente contra satanás, contra o pecado e contra o mundo, pois estamos a caminho do que Deus tem plenamente para nós no futuro.
b)     No “Já” a esperança da glória nos move em direção à plenitude eterna.
c)     No “Já”, mesmo usufruindo das bem-aventuranças do reino, não podemos relaxar, transigir, adormecer, mas viver em vigilância e santidade.
d)     No “Já” estamos em plena guerra até chegar.
e)     No “Ainda não”, sabemos que haverá com certeza o dia da vitória final, a derrota do diabo, a vitória contra o pecado e o mundo.
f)      No “Ainda não”, temos a certeza de que a salvação plena ser realizará e tudo passará e viveremos a eterna felicidade e a felicidade eterna. Também em eterna felicidade com a glória de Deus.
Por isso tudo, não nos satisfazemos com as coisas, mas em Deus, sabendo que ele tem o melhor preparado para nós. Sabendo também que o melhor mesmo é Ele mesmo (1 João 3.1-3.
Precisamos com esta esperança vivermos com três atitudes:
a)     Precisamos crer na volta de Jesus.
b)     Precisamos esperar a volta de Jesus.
c)     Precisamos desejar a volta de Jesus.
Como somos a igreja, precisamos crer nesta doutrina e pregar esta doutrina. Esta doutrina está expressa de maneira muito poderosa no Novo Testamento. Os apóstolos ensinaram esta doutrina, era parte essencial e fundamental da pregação apostólica.
 Os crentes do Novo Testamento, como podemos ver nos relatos escritos, viviam na expectativa da bendita esperança do regresso glorioso do Senhor Jesus (At 1.11; Fp 1.6-10; 3.20; 1Ts 1.9-10; 4.13-18; 2Ts 1.7,10; Tt 2.13; Tg 5.7-9; Hb 9.28; 10.37; 1Pe 1.7-13; 2 Pe 1.16; 1 João 2.28).
Esta deve ser a maneira de vivermos no mundo hoje. Não tendo o mundo como nosso mundo definitivo, não nos apegando, mas crendo que somos peregrinos aqui, que não temos aqui cidade permanente, que pertencemos ao Senhor, que temos um futuro mais do que glorioso (2Cor 1.22; 5.5; Ef 1.13-14; 1Pe 2.9; 1Cor 3.16; 6.19; At 20.28; 1 Cor 6.20; 1 Pe 1.18-19; Rom 8.31-39; 1João 5.4-5).
Nossa fé então deve ser nos seguintes termos:
a)     O Espírito Santo está em nós e ele nos selou como propriedade divina, até o resgate final.
b)     O Espírito Santo é o sinal de nossa total libertação futura da influência de Satanás, do pecado e do mundo, bem como de toda a decadência.
c)     Fomos comprados pelo precioso sangue de Jesus e agora pertencemos para sempre ao Senhor e estaremos com o Senhor para sempre.
d)     A nossa redenção ainda não se completou, mas em Cristo está assegurada.
e)     Nossa realidade agora é de luta, mas já somos vencedores por Cristo e em Cristo venceremos finalmente no final.
f)      Devemos viver o agora crendo no Senhor,e dizendo sempre “venha o Teu reino” e “vem Senhor Jesus.”
Não sabemos quando Jesus voltará, por isso precisamos viver a nossa vida com esta esperança. Pregando e vivendo o evangelho. Nossa tarefa é ir ao mundo com esta mensagem, que Jesus morreu na cruz, ressuscitou e um dia voltará.
Algumas atitudes que não devemos ter:
a)     Não podemos marcar a data da volta do Senhor Jesus e qualquer especulação ou tentativa de fazer isso é uma afronta à Palavra de Deus. Tudo o que devemos saber sobre a volta do Senhor está na Palavra (Mc 13.32; At 1.7; Dt 29.29).
b)     Nossa maneira de viver enquanto aguardamos sua vinda deve ser de acordo com a Palavra de Deus, portanto, não podemos viver de forma ímpia (Lc 17.28-20; 2Pe 2.6-7).
c)     Não podemos viver com indiferença. Envolvidos com os negócios deste mundo, não se preocupando com a obra de Deus, nem investindo no reino. Tudo o que somos e temos precisamos colocar à disposição do Senhor (Lc 17.26-32; 2Pe 2.5).
d)     Não podemos viver sem esta esperança, vivendo como se ele não fosse voltar. Esta atitude acarreta uma postura relapsa diante de Deus, sua Palavra e sua bendita promessa (Mt 24.48-51; 2Ts 2.1-2; 2Pe 3.3-9).
e)     Não podemos viver nem incentivar ou trocar a esperança por sua vinda, com a “fascinação”, ou seja, interpretar erradamente a promessa. Muitos ao fazer isso, ou deixaram de cumprir seus compromissos, ou marcaram a data, local e hora de sua vinda.
Outros assumiram uma postura de superioridade devido a um suposto conhecimento maior. Outros ainda, começaram a profetizar coisas que não se cumpriram. Um erro que um pregador não pode cometer é se concentrar somente neste assunto em suas pregações (1Ts 2.1-2; 2Ts 3.10-11).
Atitudes corretas:
a)     Devemos viver na esperança de sua volta. Jesus voltará da forma e no tempo certo em que está determinado pelo Pai (At 1.7; 1Tm 6.14-15; 2Pe 3.8-9).
b)     Devemos nos fortalecer na Palavra para continuar crendo em sua vinda (Rm 15.4; Tg 5.7-9; Hb 10.36-37; 2Pe 3.17).
c)     Devemos viver em oração e intercessão. Orar para que nossos irmãos não enfraqueçam, mas que permaneçam firmes na graça, perseverando até o fim (Fp 1.9-11; 1Pe 4.7).
d)     Devemos viver em vigilância. Em comunhão com Deus, tendo uma vida santa e irrepreensível, nos afastando do mal, nos guardando do pecado e de pecados. Evitando toda a prática que não siga a Palavra de Deus. (Rom 13.12-14; 1Cor 4.8; 1Tm 6.14; Tt 2.11-13; 1Pe 1.13-15; 1João 1.27-28; 3.2-3).
e)     Devemos viver o principal mandamento de Jesus depois do amor a Deus, que é amar as pessoas. Sem amor não existe vida cristã. O amor é a principal característica da pessoa que segue a Jesus e o amor se manifesta na prática em serviço aos irmãos (Mt 25.31-46; 1Pe 4.7-10).
Para conclusão que recomendar que vocês conheçam os seguintes textos: O Credo Apostólico, Os Dez Mandamentos, O Pai-Nosso, O Credo de Niceia e o Credo de Calcedônia. Aqui estão os pressupostos para vivermos o cristianismo autêntico, de fora autêntica no mundo. O cristianismo ortodoxo, este é o tipo de fé, confessado e vivido por fiéis no mundo.
CREDO APOSTÓLICO
Creio em Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na santa igreja católica, na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
OS DEZ MANDAMENTOS – Êxodo 20
I - “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex. 20:3).
II - “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança alguma de Deus (vv. 4-6).
III - “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão  (v. 7
IV -  “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar  (vv. 8-10).
V - “Honra a teu pai e a tua mãe  (v. 12).
VI - “Não matarás” (v. 13).
VII - “Não adulterarás” (v. 14).
VIII - “Não furtarás” (v. 15).
IX - “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (v. 16). 
 X - “Não cobiçarás  nada do teu próximo (v. 17).
O  PAI-NOSSO
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;  e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;  e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal. Amém
 CREDO DE NICÉIA OU CREDO NICENO
" Creio em um só Deus, Pai, todo-poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho único de Deus, gerado do Pai antes de todos os tempos, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas, o qual por nós homens e para nossa salvação desceu do Céu, e encarnou pelo Espírito Santo e da Virgem Maria e se fez homem, e por nossa causa foi crucificado, e ressurgiu de novo ao terceiro dia segundo as Escrituras, e subiu ao Céu e está sentado à mão direita do Pai, e virá de novo em sua glória para julgar os vivos e os mortos, e cujo Reino não terá fim; E no Espírito Santo, Senhor que dá vida, que procede do Pai e do Filho, e que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, e que falou pelos profetas; e numa igreja una, santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados; e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo por vir. Amém"
CREDO DE CALCEDÔNIA
Unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade;verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis;a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais transmitiu.

Livros recomendados;
Ouça o Espírito, Ouça o mundo - John Stott, ABU editora
A Prática da Piedade - Lewis Bayly - PES
A Cruz de Cristo - John Stott - Vida
Teologia da Vida Cristã - Richard F. Lovelace - Shedd Publicações
O Deus Invisível - Gerald R, Mcdermott - Vida Nova
Conhecendo o Deus Trino - Tim Chester - Fiel






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