quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Aula - Teologia Prática nº 01 - Creia em Deus segundo as Escrituras

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Aula de Teologia Prática em outubro de 2015










A PRÁTICA DA DOUTRINA OU COMO CRER, NO QUE CRER A PRÁTICA DO QUE SE CRÊ.

O cristianismo não é um estilo de vida, mas antes de tudo é um sistema de doutrinas. Não se trata de vida correta, mas de fé correta. A vida do cristão é correta, porque ele pratica a doutrina em que crê.
Mas o que crer então?
1 - CRER NO DEUS DAS ESCRITURAS, SEGUNDO AS ESCRITURAS
As Escrituras revelam a Deus e Deus se revela nas Escrituras e devemos crer no Deus que as Escrituras revelam e da forma como elas o revelam. A Bíblia é a Palavra de Deus  e elas não discutem a existência de Deus, simplesmente o revelam.
Creia em Deus como a sua palavra o revela pois é a Palavra de Deus que deve dirigir toda o estudo, abordagem, mote e interpretação teológica. Busque o Espírito Santo, pois è  o Espírito Santo através da Palavra é quem nos guia à interpretação correta da revelação. As Escrituras fornecem tudo o que precisamos para conhecer a Deus. Deus mesmo fornece nas Escrituras a perfeita revelação de si mesmo.
É através da própria Palavra e por meio da obra de Cristo que podemos crer em Deus. Crer é encontrá-lo. Crer é nos aproximar dele. Crer é ter acesso á ele (Hebreus 4.16;  10.19-22)
Como aproximar-se de Deus
a)       Tendo uma visão de nosso estado pecaminoso.
Na condição de necessitado. Como quem precisa ser perdoado. Como quem necessita de amor. Como quem necessita de salvação. Como quem necessita de eternidade.
Não como um prêmio, mas como uma necessidade. Aproximar-se de Deus não é uma premio que ganha, mas um presente que se recebe.
b)     Tendo uma visão do grande amor de Deus.
Aproximar-se de Deus não é uma premio que ganha, mas um presente que se recebe. Não como comprando ou fazendo por merecer – mas como alguém que sabe que está sendo alvo de uma maravilhosa graça.
Não como um conquistador. Não como alguém que subiu numa montanha.
Não como alguém que chegou no cume do monte. Mas como alguém que foi buscado e conquistado. Resgatado.
c)      Tendo uma visão da grandiosidade da obra de cristo na cruz em nosso favor e em nosso lugar.
Não como alguém que teve o sacrifício recebido, mas como alguém que teve seu sacrifício recebido, mas como alguém que sabe que está se aproximando de Deus com base não em seus méritos, ofertas, culto ou sacrifício, mas com base nos méritos e benefícios de Cristo – “é pelo sangue de Jesus”. “pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu.”
d)     Tendo uma visão da glória de Deus.
Não como alguém que buscou, mas como alguém que foi buscado. Isto é reconhecer a grandeza, a soberania de Deus, a glória de Deus.
2 - LEIA AS ESCRITURAS PORQUE É A REVELAÇÃO DE DEUS.
Devemos interpretar as Escrituras sempre em submissão ao Espírito Santo, porque assim vamos nos livrar de alguns extremos que são:
a)      O dogmatismo que é considerar a Bíblia como dogma, mas sem vida.
b)      Os modismos teológicos que busca na Bíblia revelações secretar nunca antes vistas.
A Palavra de Deus é viva e a sua leitura nos levará à vida espiritual, à verdadeira espiritualidade e ao crescimento espiritual. Este crescimento espiritual não é algum tipo de superioridade espiritual, mas o conhecimento experimental da pessoa do Senhor Jesus. É um relacionamento pessoal e relacional com as pessoas da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
A Palavra de Deus é mais rica do que qualquer dogma ou doutrina, por melhor que esta seja, por isso, o critério principal para sua interpretação é considerar que ao ler temos a consciência de que o Espírito Santo está falando, está revelando a vontade do Pai e a obra de Cristo para nossa salvação.
Somente podemos conhecer a Deus, conhecendo-o nas Escrituras. Ela é o ponto de partida para sabermos sobre Deus. Somente Deus pode revelar a ele mesmo e ele o faz através das Escrituras..
Devemos considerar a Bíblia como o registro inspirado e inerrante da Palavra de Deus.
Quem não busca a Deus por meio das Escrituras, jamais chegará a conhecê-lo, portanto leia as Escrituras, porque Jesus disse “elas mesmo testificam de mim (João 5.39).
Leia as Escrituras porque, por meio delas o próprio Deus fala (2Pe 1.19; 2 Tm 3.14-17).
Precisamos falar de Deus á luz da Palavra, pois todas as religiões falam em Deus e de Deus. As pessoas falam que crêem em Deus, por isso precisamos em nossa fé e linguagem termos uma maneira peculiar e bíblica para falarmos em Deus.
Quando falamos em Deus á luz do Novo Testamento, devemos lembrar que estamos falando não do “Deus” genérico do mundo. Nosso Deus é o Deus da Palavra, o Deus de Israel, o Deus dos Evangelhos, o Deus que se revelou nas Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamento. Ele é o  Criador do céu e da terra, que nos criou. É um Deus pessoal que se revelou em Jesus Cristo. Devemos lembra que nosso Ele  é o Deus Trino. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Quando falamos –Deus – Estamos falando das e nas três pessoas da Divindade ou da Trindade.
Quando falarmos em Deus como o Pai, devemos especificar que estamos falando unicamente do e na pessoa do Pai. Como diz o credo de Nicéia “Não devemos confundir as pessoas, nem dividir as substâncias.” O mesmo quando estivermos falando especificamente nas pessoas do Filho e do Espírito Santo. Devemos lembrar  que somos  Cristocêntricos e o centro é a pessoa do Senhor Jesus. Devemos colocar em nossa linguagem, a Pessoa do Senhor Jesus, a vida, a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pouco se fala de Jesus como nosso substituto, dele como o sacrifício perfeito pelo pecado, de Cristo como nossa justiça, redenção e santificação.
Não se ouve falar de Jesus Cristo como Senhor de nossas vidas. De Jesus como único mediador, dele como o ressuscitado e muito menos de sua obra como nosso intercessor.
A igreja está se descaracterizando como igreja cristã.
Como falar de Deus de forma especificamente cristã; Que linguagem devemos usar:
Deus, nosso Pai – Rm 1.7 – “da parte de Deus, nosso Pai....” / 1 Cor 6.9 – “...no Espírito de nosso Deus.”  1Cor 15.24 – “entregar o Reino ao Deus e pai...” 2 Cor 1.2 – “Paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor...” / Gl 1.3 – paz da parte de Deus,nosso Pai...”
Meu Deus – Rm 1.8 – “graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo...” /  1Cor 12.21 – “...o meu Deus me humilhe...” / Fp 1.3 “Dou graças ao meu Deus por tudo...” / Fp 4.19 “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória...”
O Deus que nos ama –Rm 5.5 – “Deus prova o seu amor...”
O Deus Bendito – Rm 9.5 – “o qual é sobre todos, Deus bendito para sempre...”
O Deus de misericórdia – Rm 9.16 – “não de quem quer ou de quem corre, mas de Deus usar a sua misericórdia...” /  Rm 12.1 – “rogo pelas misericórdias de Deus...”
O Deus eterno – Rm 16.26 – “segundo o mandamento do Deus eterno...”
O Deus único – o único Deus – Rm 16.27 – “ao Deus único e sábio seja dada glória...” / 1 Tm 1.17 - “invisível, Deus único, honra e glória...”
Deus, o Pai – 1 Cor 8.6 – “há um só Deus, o Pai...”
Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo – 2Cor 1.3 - “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...” / Ef 1.3 – “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...”
O Deus de amor – 2Cor 13.11 – “vivei em paz; e o Deus de amor e de paz...”
Deus Pai – Gl 1.1 – “Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou...” /  Ef 6.23 – “fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus ...” /  Col 3.17 – “Jesus, dando por ele graças a Deus Pai...”
Nosso Deus e Pai –  Ef 5.20 “..por tudo a nosso Deus e Pai...”
O Deus Vivo e Verdadeiro – 1Ts 1.9 – “para servires o Deus vivo e verdadeiro.”
Deus vivo – 1Tm 4.10 – “nossa esperança no Deus vivo...”
Deus Altíssimo – Hb 7.1 – “sacerdote do Deus Altíssimo...”
O verdadeiro Deus – 1João 5.20 – “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna...”
Único Deus – Jd v.25 – “ao único Deus, nosso Salvador...”
Senhor Deus – Ap 1.8 – “diz o Senhor Deus, aquele que é. Que era...”
O Deus Todo Poderoso -  Ap 11.17 – “Senhor Deus, Todo Poderoso...” / 19.6 – “reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso..”
3 – VEJA A CRIAÇÃO COMO OBRA DE DEUS, DANDO GLÓRIAS A DEUS.
Como cristãos precisamos ter em mente que tudo o que existe, é para a glória de Deus que existe (João 1.3; Rom 11.34-36; Col 1.17-27). A criação, ou seja, tudo o que vemos e temos contato reflete a glória de Deus (Sal 139.14), esta deve ser nossa visão do mundo.
No mundo devemos glorificar a Deus, pois desta forma, não estaremos concordando e nem vivendo a decadência tipica do sistema sem Deus (Rom 12.1-3), mas viveremos no mundo de acordo com a vontade de Deus.
A contemplação da natureza deve nos levar a glorificar ao criador (Is 43.7; Ef 1.6-11; Ne 9.6; At 17.28; Ef 4.6; Col 1.17; Hb 1.3).
As lições que aprendemos então:
a)      Deus ao criar o mundo não o fez porque estava sentindo-se só ou porque precisava ser adorado, mas como testemunho de sua glória.
b)     A criação revela a bondade de Deus, por isso, Ele preserva a sua obra de forma ativa para o fim a que propôs.
c)      Somos parte de um plano perfeito e glorioso de Deus, por isso nossa vida precisa glorificar a Deus, porque fomos criados para a glória de dele.
Quando perguntarmos, o porque Deus criou as coisas como são, com que fim e para que? A resposta bíblica, ou seja, a resposta dele mesmo é: Deus criou todas as coisas “conforme o conselho da sua vontade (Ef 1.11; Sl 115.3).
O reformador João Calvino, definiu muito bem esta questão:
“Em toda a arquitetura do seu universo, Deus nos imprimiu uma clara evidência de sua eterna sabedoria, magnificência e poder; e embora em sua própria natureza nos seja ele invisível, em certa medida se nos faz visível em suas obras.
O mundo é com razão chamado o espelho de Deus, não porque há nele clareza suficiente para que as pessoas alcancem perfeito conhecimento de Deus só pela contemplação do mundo, mas porque ele se faz conhecer aos incrédulos de tal maneira que tira deles qualquer chance de justificarem sua ignorância.  O mundo foi criado com esse propósito, a saber: para que servisse de palco à glória divina (Ef 1.3-12; Hb 1.3)."

Portanto, ao contemplar as obras da criação, só resta reconhecermos a existência de Deus. Reconhecer sua graça e bondade que transbordam em tudo o que existe.
Como cristãos precisamos ter em mente que tudo o que existe, é para a glória de Deus que existe (João 1.3; Rom 11.34-36; Col 1.17-27). A criação, ou seja, tudo o que vemos e temos contato reflete a glória de Deus (Sal 139.14), esta deve ser nossa visão do mundo.
No mundo devemos glorificar a Deus, pois desta forma, não estaremos concordando e nem vivendo a decadência tipica do sistema sem Deus (Rom 12.1-3), mas viveremos no mundo de acordo com a vontade de Deus.
A contemplação da natureza deve nos levar a glorificar ao criador (Is 43.7; Ef 1.6-11; Ne 9.6; At 17.28; Ef 4.6; Col 1.17; Hb 1.3).
As lições que aprendemos então:
a)      Deus ao criar o mundo não o fez porque estava sentindo-se só ou porque precisava ser adorado, mas como testemunho de sua glória.
b)     A criação revela a bondade de Deus, por isso, Ele preserva a sua obra de forma ativa para o fim a que propôs.
c)      Somos parte de um plano perfeito e glorioso de Deus, por isso nossa vida precisa glorificar a Deus, porque fomos criados para a glória de dele.

 4 - VEJA A BÍBLIA COMO A REVELAÇÃO ESPECIAL DE DEUS
 A revelação geral, ou seja a maneira como Deus se mostra em sua criação, se tornou por causa do pecado, incompleta e ineficiente para conduzir o ser humano a um relacionamento pessoal e consciente com Deus.
Por isso, a revelação especial, ou seja, a Bíblia se tornou necessária. O conhecimento que Deus deseja que tenhamos dele, está revelado nas Escrituras.
Deus que criou a história humana, usa a história para que nela pessoas fossem preparadas e separadas  para que suas vidas fossem demonstração da ação divina na terra. Para que estas pessoas registrassem de forma exata e infalível seus desígnios. Quando não a própria pessoa, outros registravam os acontecimentos sobre determinadas pessoas, como Deus estava presente se revelando.
Dessa forma entendemos as Escrituras como a santificação da história humana.
É preciso entender a Bíblia, como o registro da revelação de Deus na história de algumas pessoas, como exemplo e lei para nós.
Calvino escreveu que “Só se considera adequada a revelação de Deus contida na Bíblia; somente através das Escrituras, o ser humano pode ter um conhecimento de Deus livre de superstições.”(João 5.39; Rom 15.4; 1 João 5.13).
O que podemos concluir:
a)      As Escrituras é, portanto, a Revelação especial de Deus, a maneira como ele mesmo se revelou a nós.
b)     Ao usar relatos da história humana, em linguagem humana, ele dá-se a entender ao ser humano, de outra forma não seria possível compreendê-lo.
c)      A Palavra de Deus foi escrita por pessoas falíveis, mas foi inspirada por Deus, por isso é infalível, perfeita e inerrante.
d)     As Escrituras dão ao ser humano respostas adequadas às necessidades espirituais que este precisa, apontando para o homem perfeito, Jesus Cristo, filho do homem e Filho de Deus.
e)      O pecado trouxe perdição e desespero transformando a condição humana em caída, mas nas Escrituras encontramos esperança de que a vida pode ser restaurada e realizada pela Trindade Santa.

 Esta é razão porque precisamos tanto da Bíblia.
 Ela deve ser lida pelos obreiros da seguinte forma:
a)      Para salvação pessoal, para entendimento e crescimento pessoal.
b)     Para aprender sobre Deus sua pessoa, seu plano e sua vontade.
c)      Para pregar a outros sobre o que aprendemos e dele recebemos.
Qual a essência da Bíblia como Palavra de Deus:
a)      A Bíblia nos foi confiada para que por meio da iluminação do Espírito Santo, sejamos conduzidos ao Filho de Deus Jesus Cristo (João 5.39;  Lc 24.27 e 44).
b)      A Bíblia nos leva a Jesus Cristo, porque este nos revela e nos leva ao Pai (João 14.6-15; 1Tm 2.5; 1Pe 3.18).
c)      A Bíblia nos ensina, mas não apenas isso, ela nos transmite por meio de Jesus a vida abundante (João 10.10; Col 3.4)
d)     A Bíblia nos mostra, mas não apenas isso, ela nos transmite a vontade de Deus (DT 29.29; Jos 1.8; 2Tm 3.15-16; Tg 1.22).
e)      A Bíblia nos permite conhecer seu autor e assim nos leva a adoração e ao desejo de conhecê-lo mais até chegarmos diante dele (Os 6.3; 2Pe 3.18).
Esta deve ser nossa atitude diante das Escrituras: Aproximemo-nos delas, como se estivéssemos nos aproximando de seu autor – O próprio Deus.
A verdade revelada nas Escrituras é a graça em palavras.
Sem a revelação, ninguém teria condições de conhecer a Deus, por mais que se esforçasse, por mais que pesquisasse, por mais cientifico que fosse o método, é por isso que a ciência não pode provar a existência de Deus, porque, ou a pessoa crê ou não crê em Deus.
O ser humano não consegue chegar a Deus ou mesmo à sua idéia, só se chega a Deus por meio de Jesus Cristo e sua Palavra.
Em Jesus, somos levados ao clímax da plenitude da revelação de Deus, pois ele mesmo é a revelação máxima de Deus. Ele é a medida da revelação, Ele nos trouxe Deus e nos leva a ele (João 14.9-11; 10.30; Col 1.19; 2.9; HB 1.1-4).

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