terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Vida Cristã - Ensinos das Cartas de Paulo para obreiros hoje

Resultado de imagem para discussãoPaulo hoje. Palestra para obreiros - fevereiro  de 2016 
 
            
 




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                    O QUE SIGNIFICA -  VIDA CRISTÃ.
                      - Efésios 4.17-32 -
Paulo começou a parte pratica da epístola apelando para um andar digno (4.1). Não seria suficiente crer em Cristo? Para que tanta exigência? Há pessoas que não tem coragem de expressar perguntas como essas com toda a honestidade, mas saem  do convívio por acharem a vida cristã muito difícil de ser vivida.
Paulo enfatizou o comportamento do crente porque nele é que se revela a eficácia do poder de Jesus. Evidenciamos verdadeira transformação? O cristianismo verdadeiro não é um novo código de comportamento, antes é um novo estilo de vida em que os valores da velha vida não podem conciliar-se com os que Cristo exige de nós. Não nos toramos legalistas, mas a busca da santidade é o meio de agradar ao Senhor a quem servimos.
1 – A VIDA CRISTÃ SEGUE O  PADRÃO DE CRISTO  - Efésios 4.17-19
“ Portanto digo isto, e testifico no senhor, para que não mais andeis como andam os gentios” (v.17). O cristão não deve viver como os gentios, e o apóstolo Paulo já havia descrito o que isto significa, viver em pecado, praticando todos os abomináveis pecados que ofendem a natureza santa de Deus.
Como era a vida dos “gentios”, a qual Paulo pede aos leitores, também de origem gentia, também não imitar?
Primeiro, ele se refere aos versículos 1-16, nos quais mostrou que a vida devia ser vivida de tal modo que refletisse o padrão da chamada de Deus, o qual nos chamou em santidade e amor. Segundo, ele se refere ao que vai dizer adiante até o versículo 32, ou seja, um conjunto de princípios a serem seguidos. Testificar é declarar solenemente, é apelar para a atenção, porque é uma coisa muito importante  e decisiva para a vida cristã.
O termo andar _ Peripatein - portanto, é muito significativo e cheio de ação - "ação habitual", "comportar-se", "modo de viver".
Vamos ver que tipo de vida é esta:
a - A primeira característica é que é vida na “vaidade” da mente (v.17 ). No original - Mataiotes nous - Matiotes é o vazio que caracteriza a ausência de objetivo, significado. Nous, é a mente, o pensamento, a faculdade do raciocício.
Vaidade -  significa vão, sem resultados, futilidade, desnecessário. Quando fala de vaidade da mente, refere-se a uma vida tanto intelectual quanto moral sem propósito; é a vida sem resultado, que se vive na fraqueza, na imoralidade.
b - A segunda característica é que são “entenebrecidos no entendimento” ( v,18 ). Entenebrecido - Eskotoomenoi - de Skotoo -  a condição de trevas, aquilo que se tornou escuro.  Entendimento - dianoia - É a mente na sua capacidade de raciocínios, de chegar à conclusões.  A faculdade de entender, sentir e desejar dos homens sem Cristo esta em trevas.
c - Uma terceira característica é que são “separados da vida de Deus pela ignorância (...) pela dureza do seu coração” (v. 18). O termo ignorância é - agonia - ausência de conhecimento, ausência total de entendimento, de discernimento.
Interessante que o termo - dureza - é - porosis - usado na medicina para descrever o calo, ou o estado caloso de uma parte do corpo. O coração fica como um calo.
As palavras que melhor expressam a noção de separados são “alienado”, “estranho”, “ alguém que não partilha da comunhão e intimidade”.
 A vida sem Deus não tem sentido. É estado de trevas morais, fica alienado da vida verdadeira que há em Cristo. O que é que causa essa alienação? A ignorância e a dureza de coração. A ignorância não é só intelectual, mas também  moral e espiritual.
O ser humano não conhece as possibilidades que ele tem de ter uma vida completamente nova. “Dureza” pode ser expresso por “calejada”, ou seja, uma consciência que não dói mais. Só o poder do evangelho, mediante a ação convencedora d o Espírito, é que pode quebrar corações de pedra.
b - Outra característica: a ignorância e dureza transformaram-se em insensibilidade. A vida do homem sem Deus é apática, porque o seu coração já não sente mais. Qual o resultado dessa insensibilidade? Uma entrega desenfreada ao pecado: “ os quais se tornando insensíveis, entregaram-se a láscivia para cometerem com avidez toda sorte de impureza” ( v. 19 ). 
2 -  A VIDA CRISTÃ É A MAIS ELEVADA FORMA DE ÉTICA NO MUNDO -    - Efésios 4.20-24 -
“ Mas vós não aprendestes assim a Cristo” ( v.20). Paulo usou o tempo do passado, pois o aprendizado aconteceu no passado, na conversão.
Eles não aprenderam doutrinas sobre Cristo Jesus, mas tiveram uma experiência pessoal com ele que envolvia aprendizado de sua pessoa e mensagem. Cristo é o conteúdo do aprendizado. Com ele, todos os ensinamentos são passados pelos proclamadores da palavra.
Quando falamos em ética cristã, o que determina é a pessoa de Jesus. Paulo afirma: “ se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus” (v.21).
A expressão parece indicar que Paulo tinha dúvidas, mas não é o caso. A construção grega indica uma sentença condicional como cumprida. Ele não duvida, afirma.
Paulo, em seu ministério, não foi transigente com as práticas pagãs. Ele ensinou os convertidos sobre as exigências da nova vida em Cristo. Ela requeria uma verdadeira conversão, mudança de mente e atitude, pois sabia que a mente entenebrecida dos gentios é que os conduzia às atitudes de avidez pelo pecado. Se acontece uma verdadeira mudança da mente no crente, aí ele pode influenciar sua atitudes, sua ações.
Quais as atitudes do crente em relação ao velho homem?
a - Primeiro, deve “despojar-se” (v.22).
 O procedimento do velho homem  é incompatível com sua nova vida. Despojar-se é jogar fora, colocar de lado, é abandonar, é despir-se. Todos os valores do velho homem precisam ser abandonados. Veja que o termo "despojar-se é - apostestai - de apotitemi - tirar a roupa e ficar nu. Tirar, remover, ficar sem. O tempo verbal indica uma ação conclusiva, definida e de uma vez por todas. Este despojamento é um abandono das velhas práticas de forma definitiva.
b - Segundo, ele deve “renovar no espírito de vossa mente” (v.23).
Em Romanos 12.2 temos a expressão de Paulo: “ Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente (...)”. A busca de uma mente sempre renovada é o mesmo que buscar a renovação do homem interior. Precisamos alimentar a nossa mente, o nosso coração e o nosso espírito co aquilo que edifica, cuja a origem está na santidade do Senhor: “ Quanto mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).
Se deixarmos que a nossa mente seja ocupada com tudo aquilo que pertence ao homem velho, não daremos lugar à direção do Espírito Santo e teremos comportamentos ambíguos: pertencemos a Cristo e vivemos como se não pertencêssemos a ele.
c - A terceira coisa que devemos fazer, é nos  “revestir no novo homem”, cuja a vida deve ser em “justiça e santidade”.
“Segundo Deus” significa “ de acordo com o que Deus é em si mesmo”. Ele nos fez um novo homem. É preciso que o crente passe a viver essa nova realidade. Ele não é mais alguém destinado ao erro, à concupiscência, mas é fiçlho de Deus que tem o espírito Santo habitando nele.
 3 –  A VIDA CRISTÃ É VIVIDA NO DIA A DIA  - Efésios 4.25-32
Como é que vive o novo homem? Ele dá demonstrações práticas de sua nova vida? Paulo passa a descrever uma série de atos positivos e negativos. Os negativos eram práticas do velho homem, mas que podem ainda se verificar no meio de nós quando damos lugar ao velho homem.
Os positivos são os que devem ser praticados pelo novo ser em Cristo. Parece uma lista simplista. Alguém até poderia dizer que se tratam de pecados primários. Na verdade, quando a pessoa cai em pecados primários, é porque o seu interior está num nível de insensibilidade bastante acentuado.
 “Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade”(v.25). Trata-se da mentira nos relacionamentos, pois a verdade pode ser  falada “ cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros”. A mentira corrói os relacionamentos e instaura um clima de desconfiança.
 “Irai-vos, e não pequeis” ( v.26). A ira pode ser um mecanismo de defesa em situações extremas. Pode ser um indignação pelo erro. Se for sentimento de provocação, pode se constituir em pecado. Para ira-se e não pecar, é preciso que o crente esteja com seus sentimentos em equilíbrio.
“Aquele que furtava, não furte mais” (v.28). É comum as pessoas falarem que não há problema em se “levar” um objeto de outrem porque não fará falta a ele.
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”(v.29). O cuidado no que falar é necessário. Muita gente tem confundido liberdade de expressão com autorização para falar sem respeitar os outros. O crente deve zelar pelo falar, a ponto de falar a palavra “que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que ouvem”.
“Não entristeçais o espírito Santo de Deus” (v. 30).  Por que Paulo fala isso no meio de uma lista de pecados? Porque a vida no pecado, é entristecer o Espírito Santo, pois negamos a eficácia de sua direção em nossas vidas. Ele não tem o controle e, por isso se entristece.
 “Toda a amargura e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia” (v.31). O termo amargura - pikria - é o estado de animosidade da mente permanente. É o estado mental ou disposição mental sempre inclinado à reações negativas.
A amargura é o resultado de um processo que pode ter começado com a mágoa por causa de uma ofensa.
O termo ira é - tumos - fala da irritação elevada ao extremo.
Cólera é - Orge - raiva, é a ira profunda. A ira nociva que leva a mente a não raciocinar nas consequências das ações.
Blasfêmia - é o mesmo som do termo grego - Transformar a ira em palavras e as palavras em insulto.
Gritaria - Krauge - São vozes descontroladas nas discussões.
Às vezes nutrimos sentimentos em nós para os quais encontramos desculpas, tais como: a pessoa não pediu perdão, eu tinha razão, ela estava errada, etc. Deixamos que isso tome volume em nós e passamos, em vez de controlar, a ser controlados por eles. Quando perdemos o controle, vem as gritarias, a blasfêmia. Temos que sarar as feridas dos relacionamentos e curar as memórias.
Paulo também fala da malícia que deve ser tirada do nosso meio.  A malícia é uma disposição para o mal. Se não tratamos devidamente, ela nos predispõe a pecar. Quantos olhares maliciosa que levam nossa mente a ficar recheada de fantasias sexuais? Não nos deixemos levar por esta cultura sensual e maliciosa que é a dominante nestes dias condenados por Deus. O resumo de como devemos viver está expresso nestas palavras de Paulo “ Antes sedes bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando uns aos outros, como também Deus os perdoou em Cristo” (v.32).

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