segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Os propósitos de Deus - Os ensinos das cartas de Paulo para os obreiros hoje

Paulo hoje - Palestra 1
Em janeiro de 2016



                    OS PROPÓSITOS DE DEUS PARA NÓS

EFÉSIOS 1.1-14 ; ROMANOS 3.21-31; COLOSSENSES 1.9-18; TITO 2.11-15
Deus tem um propósito para cada um de nós, e esta é uma verdade bíblica que não pode ser apenas mais um chavão. Para o cristão, esta descoberta, não é apenas uma questão filosófica  como as já históricas perguntas: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos nós? É uma questão de fé, de identidade definida e definitiva.
 O livro de Efésios nos ensina que existe um Deus pessoal, que nos escolheu pessoalmente, que nos amou pessoalmente, nos salva e que nos levará para junto dele, formando uma família eterna. Estes são os propósitos de Deus para nós.
Muitas são as declarações sobre os muitos propósitos, e todos estão neste maravilhoso e revelador livro, que é uma carta do apóstolo Paulo, enviada primeiramente aos crentes de Éfeso, e também para toda a igreja.
Nesta carta, é revelado que o principal propósito de Deus é a Igreja, corpo vivo do Senhor Jesus Cristo. Segundo este texto sagrado, parece que todos os propósitos de Deus se reúnem em torno do Filho de Deus e da Igreja que ele comprou com seu sangue, com sua morte na cruz.
O grande apóstolo nesta epístola, trouxe uma revelação divina que certamente, não conseguiremos alcançar (como ninguém alcançou) todos os seus limites e sua profundidade. É um texto riquíssimo de significado e cada vocábulo possui em si mesmo um grande leque teológico. O tema principal é o significado e o propósito de Deus para  igreja, tanto no mundo como na eternidade.
 
 A igreja não é um produto, uma invenção, uma criação ou uma instituição meramente humana, fruto do judaísmo; ela tem origem divina.  Ela também não é um parênteses no tempo, enquanto o povo israelita não volta para Deus. Não é um plano b para salvar os que não são israelitas. A igreja, é revelado nesta carta, é um plano eterno, e cada um de nós que estamos na igreja, que fazemos parte dela, estamos neste plano.
A igreja é do Senhor Jesus, e por isso não deve ter donos e senhores humanos. O sonho de uma igreja não deveria ser de um homem, mas quem sonha com um “tipo” de  igreja, deve estar de acordo com o que Deus tem para ela. 
Os propósitos para a igreja são os que Deus tem. Embora concordemos que a igreja, em termos práticos, é um reflexo de nossa vida espiritual, não podemos dizer que ela é fruto de nossos planos e sonhos. Ela é o resultado da vontade de Deus e nela realizamos nossos projetos e sonhos.
A vida cristã é vivida na igreja, e é o estilo de vida daqueles que estão dentro dos propósitos de Deus, logo, este modo de vida, em santidade é o propósito de Deus para os membros da igreja. Não há outra opção. Esta vida de santidade em separação para Deus é para todos os crentes.
Mas como é este modo de vida, que é propósito divino para nós?
1 – É UM ESTILO DE VIDA BASEADO NUM RELACIONAMENTO COM DEUS E SEU FILHO, JESUS CRISTO - EF 1.2
A igreja é uma família, o povo de Deus, os chamados por Deus e para Deus. É uma família onde Deus é o Pai e nós somos os filhos. Na igreja estamos numa relação de filhos para Pai. É uma das mais profundas imagens da Bíblia. Deus que no Antigo Testamento era conhecido como o Altissimo (El Elyon), como o Todo-Poderoso (El Shadday), agora se revela como um Pai Santo, justo e amoroso. A igreja e declarada como a sua família, a família de Deus. A família eterna, do Deus eterno (Ef 3.14,15).
Veja que nossa relação com Deus Pai é de filhos, é preciso afirmar, reafirmar e viver esta verdade grandiosa.
Somos filhos de Deus e com relação a Jesus, estamos numa relação de servos para o seu Senhor. É uma relação de domínio  e senhorio. Ele é o nosso Senhor, nosso dono. A vida cristã que não confessa e vive essa verdade, esta pegando o caminho errado. É preciso reconhecer a Jesus como Senhor da nossa vida e entregar-se ao senhorio de Cristo para ter vida abundante.
A vida cristã plena, verdadeira é aquela que evidencia o fruto do Espírito em sua vida, colocando Jesus no centro de sua vida como o seu Senhor.
Não há como viver a vida da igreja sem que tenhamos a plena consciência de que temos um relacionamento de família tanto vertical como horizontalmente (Ef 6.23)
2 – UM ESTILO DE VIDA QUE VIVE NO MUNDO, SABENDO QUE TEMOS UMA POSIÇÃO EM CRISTO.
O apóstolo Paulo geralmente  chama os crentes de “santos” e “fiéis”. A santidade referida por Paulo não é perfeição moral, mas é uma posição que passamos  a ocupar após termos sido justificados pela fé em Cristo (Rm 5.1). Somos pecadores, mas pecadores redimidos. Por isso somos santos para Deus, separados por Deus.
a – SANTOS - Os termos “santidade” e “fidelidade” caracterizam o caráter e o comportamento do crente. Enquanto o mundo busca coisas como sucesso, felicidade e reconhecimento, o cristão persegue a santidade e a fidelidade ao seu Senhor.
O apóstolo Paulo não ensina que primeiro temos que nos tornar perfeitos ou bons, para depois sermos aceitos por Deus.
Ele também não ensina que a igreja de sucesso é aquela que adquire status diante do mundo e diante das outras. Biblicamente falando, podemos afirmar que não existem igrejas de sucesso.
 A igreja é uma comunidade de pecadores que se reúnem na presença de Deus, dia após dia, semana após semana mundo  todo e em todos os séculos.
 O Espírito Santo os une e faz sua obra na vida deles.
Nessa comunidade de pecadores, aos obreiros é dada a responsabilidade de manter a atenção da comunidade voltada para Deus. Realmente não somos santos no sentido moral, mas não é por isso que devemos viver em imoralidade. Todos nós temos um compromisso sério com Deus e não podemos deixar que o nome de Jesus seja levado para a lama por causa de nossos pecados.
b – FIÉIS - Paulo também chama os crentes de “fiéis”, porque a fidelidade a Cristo é o que define a vida cristã na prática. A vida cristã não pode ser confundida com uma vida religiosa, ou simples devoção a Deus. Ser fiel é seguir a Jesus Cristo como Senhor e honrá-lo guardando seus mandamentos, obedecendo-o incondicionalmente. Aquele que é santo é também fiel, e o que é fiel é santo. Não há como ser chamado santo sem ser fiel e nem como ser fiel sem ser santo.  Somos santos e fiéis em Cristo. A nossa fidelidade é a Ele e em todos os momentos.
 3 – UM ESTILO DE VIDA COM OS BENEFÍCIOS ESPIRITUAIS EM PLENITUDE.
O apóstolo Paulo usava duas palavras que eram favoritas em cheias de significados que são  “graça e paz”. Estas palavras são mais do que uma saudação; é o oferecimento de uma provisão para vivermos uma vida cristã em plenitude.  A graça é o fator de santificação e também é sustentadora para toda a jornada cristã.
O ato da graça de Deus não foi apenas para nos salvar, mas é também para nos sustentar no dia-a-dia da vida cristã. O mesmo acontece com a “paz”, que não significa a ausência de turbulências e problemas, mas sustento no meio de tudo isso.
Paz é o resultado de nossa nova relação com Deus. Paulo oferece graça e paz a pessoas que já haviam passado pela experiência da salvação. Portanto não se trata de graça e paz como experiência inicial, mas como experiência constante na vida cristã.

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